Pular para o conteúdo principal

Para preservar campanha, Bolsonaro impõe silêncio a Mourão

 / Estadão
General Hamilton Mourão, vice na chapa de Jair Bolsonaro
A declaração do general Hamilton Mourão, vice na chapa de Jair Bolsonaro, sobre o 13.º salário e o pagamento de adicional de férias no País, causou uma crise na campanha do candidato do PSL. Em palestra na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, Mourão criticou os benefícios previstos na lei trabalhista, que foram classificados por ele como “jabuticabas” – ou seja, só ocorrem no Brasil. Filiado ao PRTB (legenda que se coligou com o PSL), o candidato a vice de Bolsonaro coleciona declarações polêmicas na disputa presidencial. Após a divulgação do vídeo, Bolsonaro, líder nas pesquisas de intenção de voto, usou o Twitter para contestar o próprio vice afirmando que criticar o 13.º salário, “além de uma ofensa à (sic) quem trabalha”, é de alguém que “confessa desconhecer a Constituição”. Além da resposta dura do candidato, a campanha de Bolsonaro determinou o cancelamento de todas as agendas públicas de Mourão até o dia da votação do primeiro turno, 7 de outubro. A declaração serviu de munição para os adversários. Na noite desta quinta-feira, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, explorou o tema no horário eleitoral na TV, fazendo ainda uma associação com os atos anti-Bolsonaro de mulheres previstos para amanhã: “Campanha de Bolsonaro quer acabar com o 13º. Prepare seu bolso. EleNão, 13º sim”. “Esses caras estão com a cabeça no século 19. Abolimos a escravidão e eles não acordaram para isso ainda”, disse o candidato petista Fernando Haddad, em Porto Alegre. Assessores relataram que o candidato do PSL chegou ao limite de sua paciência com o companheiro de chapa. Internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde se recupera da facada que levou em Juiz de Fora (MG), no dia 6, Bolsonaro fez questão de mandar para o próprio Mourão o texto que publicaria no Twitter ressaltando que o general ofendeu trabalhadores e demonstrou desconhecer a Constituição. “Siga em frente, Bolsonaro”, respondeu o vice, resignado, por mensagem pelo WhatsApp.
Estadão

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Ex-presidente da Petrobras tem saldo de R$ 3 milhões em aplicações A informação foi encaminhada pelo Banco do Brasil ao juiz Sergio Moro N O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine (Foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil) Em documento encaminhado ao juiz federal Sergio Moro no dia 31 de outubro, o Banco do Brasil informou que o ex-presidente da Petrobras e do BB Aldemir Bendine acumula mais de R$ 3 milhões em quatro títulos LCAs emitidos pela in...
Grécia e credores se aproximam de acordo em Atenas Banqueiros e pessoas próximas às negociações afirmam que acordo pode ser selado nos próximos dias Evangelos Venizelos, ministro das Finanças da Grécia (Louisa Gouliamaki/AFP) A Grécia e seus credores privados retomam as negociações de swap de dívida nesta sexta-feira, com sinais de que podem estar se aproximando do tão esperado acordo para impedir um caótico default (calote) de Atenas. O país corre contra o tempo para conseguir até segunda-feira um acordo que permita uma nova injeção de ajuda externa, antes que vençam 14,5 bilhões de euros em bônus no mês de março. Após um impasse nas negociações da semana passada por causa do cupom, ou pagamento de juros, que a Grécia precisa oferecer em seus novos bônus, os dois lados parecem estar agindo para superar suas diferenças. "A atmosfera estava boa, progresso foi feito e nós continuaremos amanhã à tarde", d...