Terça, 25 de Setembro de 2018 - 19:00
Na ONU, Temer critica unilateralismo e diz que entrega país melhor que recebeu
Folhapress
Foto: Cesar Itiberê / PR
O presidente Michel Temer usou seus quase 21 minutos de discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (25), para criticar "recaídas unilaterais" e a intolerância no mundo e para reforçar que o Brasil é uma "democracia vibrante, lastreada em instituições sólidas."
Às 9h45 (10h45 em Brasília), Temer subiu pela terceira vez ao púlpito da Assembleia Geral como presidente, mantendo a tradição do Brasil de abrir os debates gerais do organismo multilateral.
Ele usou a primeira parte de sua fala para criticar o que chamou de forças isolacionistas. "Reavivam-se velhas intolerâncias. As recaídas unilaterais são cada vez menos a exceção", afirmou o presidente. "O isolamento pode até dar uma falsa sensação de segurança. O protecionismo pode até soar sedutor. Mas é com abertura e integração que alcançamos a concórdia, o crescimento, o progresso", disse.
O unilateralismo, ressaltou, será respondido com "mais diplomacia, mais multilateralismo". "Temos que permanecer coesos em torno desta obra coletiva que é erguer um mundo em que predominem a paz, o desenvolvimento e os direitos humanos. Nada conseguiremos sozinhos".
Para Temer, isso só será conseguido com o fortalecimento da ONU. "Precisamos torná-la mais legítima e eficaz", disse. Ele reconheceu que o organismo precisa passar por reformas, citando especificamente o Conselho de Segurança. Segundo o presidente, "como está, reflete um mundo que já não existe mais".
A citação ocorre em um momento em que o mundo observa um aumento do protecionismo, em meio a uma disputa comercial entre EUA e China, uma queda de braço que elevou a aversão a risco nos mercados financeiros.
O governo do americano Donald Trump também tem buscado revisar acordos que considera prejudiciais à economia do país, como aconteceu com o Nafta, formado também por México e Canadá. O México já aceitou renegociar o pacto, mas o vizinho do norte ainda não concordou com os termos.
No discurso, o presidente mencionou as eleições presidenciais no Brasil e disse que a alternância no poder é a "alma mesma da democracia."
"E a nossa, senhoras e senhores, é uma democracia vibrante, lastreada em instituições sólidas", ressaltou.
Para Temer, o país que ele entrega ao próximo presidente "é melhor do que aquele que recebi". "Muito ainda resta por fazer, mas voltamos a ter rumo", ressaltou o presidente na ONU.
Segundo ele, o Brasil disse não ao populismo e venceu a pior recessão da história, "com severas consequências para a sociedade, sobretudo para os mais pobres".
"Agora, é ir adiante. O próximo governo e o próximo Congresso Nacional encontrarão bases consistentes sobre as quais poderão seguir construindo um Brasil mais próspero e mais justo", disse.
A crise migratória na Venezuela foi citada pelo presidente, que afirmou que o Brasil tem recebido "todos os que chegam" ao país.
"Com a colaboração do Alto Comissariado para Refugiados, construímos abrigos para ampará-los da melhor maneira. Temos promovido sua interiorização para outras regiões do Brasil. Emitimos documentos que os habilitam a trabalhar no país. Oferecemos escola para as crianças, vacinação e serviços de saúde para todos", afirmou.
"Mas sabemos que a solução para a crise apenas virá quando a Venezuela reencontrar o caminho da democracia e do desenvolvimento."
O conflito israelense-palestino também foi lembrado. Temer reforçou o apoio "à solução de dois Estados --Israel e Palestina-, vivendo lado a lado, em paz e segurança."Ele defendeu ainda soluções diplomáticas entre as Coreias do Sul e do Norte e soluções diplomáticas que facilitem a desnuclearização e a paz.
Temer lembrou ainda as negociações da Agenda 2030 de desenvolvimento da ONU e o Acordo de Paris, abandonado por Trump pouco depois de assumir o cargo. "São verdadeiros marcos, que nos colocam no caminho do crescimento econômico com justiça social e respeito ao meio ambiente", ressaltou.
Às 9h45 (10h45 em Brasília), Temer subiu pela terceira vez ao púlpito da Assembleia Geral como presidente, mantendo a tradição do Brasil de abrir os debates gerais do organismo multilateral.
Ele usou a primeira parte de sua fala para criticar o que chamou de forças isolacionistas. "Reavivam-se velhas intolerâncias. As recaídas unilaterais são cada vez menos a exceção", afirmou o presidente. "O isolamento pode até dar uma falsa sensação de segurança. O protecionismo pode até soar sedutor. Mas é com abertura e integração que alcançamos a concórdia, o crescimento, o progresso", disse.
O unilateralismo, ressaltou, será respondido com "mais diplomacia, mais multilateralismo". "Temos que permanecer coesos em torno desta obra coletiva que é erguer um mundo em que predominem a paz, o desenvolvimento e os direitos humanos. Nada conseguiremos sozinhos".
Para Temer, isso só será conseguido com o fortalecimento da ONU. "Precisamos torná-la mais legítima e eficaz", disse. Ele reconheceu que o organismo precisa passar por reformas, citando especificamente o Conselho de Segurança. Segundo o presidente, "como está, reflete um mundo que já não existe mais".
A citação ocorre em um momento em que o mundo observa um aumento do protecionismo, em meio a uma disputa comercial entre EUA e China, uma queda de braço que elevou a aversão a risco nos mercados financeiros.
O governo do americano Donald Trump também tem buscado revisar acordos que considera prejudiciais à economia do país, como aconteceu com o Nafta, formado também por México e Canadá. O México já aceitou renegociar o pacto, mas o vizinho do norte ainda não concordou com os termos.
No discurso, o presidente mencionou as eleições presidenciais no Brasil e disse que a alternância no poder é a "alma mesma da democracia."
"E a nossa, senhoras e senhores, é uma democracia vibrante, lastreada em instituições sólidas", ressaltou.
Para Temer, o país que ele entrega ao próximo presidente "é melhor do que aquele que recebi". "Muito ainda resta por fazer, mas voltamos a ter rumo", ressaltou o presidente na ONU.
Segundo ele, o Brasil disse não ao populismo e venceu a pior recessão da história, "com severas consequências para a sociedade, sobretudo para os mais pobres".
"Agora, é ir adiante. O próximo governo e o próximo Congresso Nacional encontrarão bases consistentes sobre as quais poderão seguir construindo um Brasil mais próspero e mais justo", disse.
A crise migratória na Venezuela foi citada pelo presidente, que afirmou que o Brasil tem recebido "todos os que chegam" ao país.
"Com a colaboração do Alto Comissariado para Refugiados, construímos abrigos para ampará-los da melhor maneira. Temos promovido sua interiorização para outras regiões do Brasil. Emitimos documentos que os habilitam a trabalhar no país. Oferecemos escola para as crianças, vacinação e serviços de saúde para todos", afirmou.
"Mas sabemos que a solução para a crise apenas virá quando a Venezuela reencontrar o caminho da democracia e do desenvolvimento."
O conflito israelense-palestino também foi lembrado. Temer reforçou o apoio "à solução de dois Estados --Israel e Palestina-, vivendo lado a lado, em paz e segurança."Ele defendeu ainda soluções diplomáticas entre as Coreias do Sul e do Norte e soluções diplomáticas que facilitem a desnuclearização e a paz.
Temer lembrou ainda as negociações da Agenda 2030 de desenvolvimento da ONU e o Acordo de Paris, abandonado por Trump pouco depois de assumir o cargo. "São verdadeiros marcos, que nos colocam no caminho do crescimento econômico com justiça social e respeito ao meio ambiente", ressaltou.
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