Pular para o conteúdo principal

Juiz impõe sigilo em ação contra Alckmin

/ Estadão
Geraldo Alckmin
O juiz Alberto Alonso Muñoz, da 13.ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, impôs segredo de Justiça nos autos da ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público paulista contra o ex-governador Geraldo Alckmin, candidato à Presidência pelo PSDB. O tucano é acusado, ao lado do tesoureiro da campanha de 2014, Marcos Monteiro, de enriquecimento ilícito pelo suposto recebimento de R$ 7,8 milhões da Odebrecht, via caixa 2. O sigilo foi decretado na terça, 25, a pedido do juiz da 1.ª zona eleitoral de São Paulo, Francisco Carlos Inouye Shintate, onde Alckmin é investigado pelo suposto caixa dois de R$ 10,3 milhões pagos pela Odebrecht – o valor teria sido repassado nas campanhas de 2010 e 2014. Em ofício enviado ao magistrado da 13.ª Vara de Fazenda Pública, o juiz eleitoral afirma que o promotor Ricardo Manuel Castro, da Promotoria de Defesa do Patrimônio – braço do Ministério Público Estadual – usou na ação contra o tucano prova ’emprestada’ de um inquérito policial eleitoral que está em segredo de Justiça e que ‘deu ampla publicidade’ ao caso. “Tendo este Juízo tomado conhecimento da propositura de ação civil pública pelo douto promotor do Patrimônio Público e Social de São Paulo, para a qual se deu ampla publicidade, informo a Vossa Excelência que a prova que embasa o pedido foi emprestada de inquérito policial eleitoral, iniciado a partir de colaboração premiada homologada no Colendo Supremo Tribunal Federal, que está coberto pelo sigilo”, afirma Shintate. O juiz eleitoral anexou no ofício cópia de um despacho do dia 25 de maio no qual deferiu o compartilhamento dos termos de colaboração formalizados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) com delatores da Odebrecht, os termos de declaração colhidos no inquérito e as manifestações por escritos dos investigados e reiteirou que ‘a prova compartilhada está sob regime legal de sigilo da colaboração premiada’ dos executivos da empreiteira ‘para garantir o êxito das investigações em curso’ na Justiça Eleitoral. A ação de improbidade contra Alckmin foi ajuizada pelo promotor Ricardo Manuel Castro no dia 3 de setembro. Castro lista seis testemunhas que foram ouvidas e apresentaram documentos que indicam nove pagamentos da Odebrecht à campanha de Alckmin em 2014. Entre elas estão os ex-executivos da empreiteira Arnaldo Cumplido e Luiz Eduardo Soares, o doleiro Álvaro Novis, responsável por operar os pagamentos da Odebrecht, e um funcionário dele que fazia as entregas em hotéis e residências de São Paulo. O ex-governador tem enfatizado que as investigações não o preocupam porque jamais teve envolvimento com atos ilícitos. Ele considera ‘estranho’ o calendário do Ministério Público, que entrou com a ação perto das eleições. “Essa ação não tem fundamento, fruto de um erro do promotor, e quem leu percebeu os equívocos. Não cabe tecer comentários sobre a decisão da Justiça”, declarou, por meio de sua assessoria. Na ação de improbidade, o promotor pede a indisponibilidade de R$ 39 milhões para garantir ressarcimento e multa em eventual condenação. Segundo o promotor, ‘tal como ficara ajustado na reunião havida entre Marcos Monteiro e Luiz Bueno, depois da aprovação de Benedicto Júnior, diversos pagamentos foram programados, entre março e outubro de 2014, em benefício do requerido Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho’. No sistema Drousys, que contabilizava repasses via caixa dois da Odebrecht, Marcos Monteiro, ex-secretário de Planejamento de Alckmin, era ‘M&M’. Monteiro nega, com veemência, irregularidades.
Estadão

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p