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Desembargador nega recurso contra buscas da PF em apartamento da mãe de Geddel

Em julho, Ney Bello havia liberado o ex-ministro para cumprir prisão domiciliar


O ex-ministro Geddel Vieira Lima chega para prestar depoimentos na Justiça Federal, na manhã desta quinta-feira (06) (Foto: Jorge William / Agência O Globo)
A defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que retornou à cadeia após a apreensão de R$ 51 milhões em Salvador, recorreu ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região contra as buscas realizadas pela Polícia Federal no apartamento da mãe do peemedebista, Marluce Lima. A batida policial ocorreu no dia em que o ex-ministro foi parar atrás das grades novamente. Responsável pela decisão que, em julho, havia liberado Geddel para a prisão domiciliar, o desembargado Ney Bello negou o recurso contra a ação da PF.
Afirmou o desembargador no seu despacho: "Ora, se o inculpado era capaz de armazenar R$ 51 milhões em apartamento de um não parente, desprovido de qualquer segurança, sem declaração ao imposto de renda, sem a mínima comprovação de origem e perdendo a remuneração natural das aplicações no sistema bancário lícito, como não inferir a possibilidade de utilizar-se do apartamento da mãe para guardar dinheiro não declarado ou documentos relevantes para a investigação?"
Ney Bello chamou a atenção ainda para o fato de que o ex-ministro não usou "meios comuns" para guardar ou camuflar os valores, como transferências bancárias, compra de obras de arte, aquisição e criação de gado, manutenção de contas no exterior, ou negócios diversificados em moeda estrangeira. "Foi exatamente este modo de operar que lhe garantiu a inexistência de justa causa para a prisão preventiva até o encontro da fortuna em malas e caixas", disse o desembargador.
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