Presidente do Peru diz que Odebrecht deve deixar o país
A construtora já havia sido expulsa da Colômbia, onde também pagou subornos em troca de licitações de obras públicas
“Alguns dos projetos da empresa são muito bons em fornecimento de eletricidade, rodovias e outros”, disse Kuczynski à emissora RPP. “Lamentavelmente, eles estão contaminados pela corrupção. A Odebrecht tem que ir embora, acabou”, declarou o mandatário.
Com a afirmação do presidente, o governo peruano se junta ao da Colômbia, que disse na semana passada que também pretende expulsar a Odebrecht do país. A construtora terá que chegar a um acordo com o Ministério Público do Peru, que está investigando os casos de subornos das empresas brasileiras que operam no país, informou Kuczynski.
O líder peruano disse ainda que considerou “muito baixo” os 30 milhões de soles (aproximadamente 31,7 milhões de reais) que a empresa adiantou ao Peru pela devolução dos ganhos ilícitos obtidos. Nos Estados Unidos, onde houve poucas obras, a Odebrecht terá de pagar 2,5 bilhões de dólares (9,1 bilhões de reais) como multa. “O grande país onde havia toda a construção, além do Brasil, era o Peru, e nossa multinha é de 30 milhões de soles, uns 10 milhões de dólares? Que vergonha”, acrescentou Kuczynski.
Em comunicado divulgado nesta terça-feira, a Odebrecht pediu “profundas desculpas” à sociedade e aos trabalhadores, entre eles os peruanos,”pelos graves erros cometidos por ex-dirigentes”. A nota ressalta que a empresa está fazendo “todo o possível” para esclarecer os fatos, “fazendo que a justiça chegue a todos os envolvidos, permitindo também o pagamento da justa reparação ao Estado”.
(Com AFP e Estadão Conteúdo)
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