Facções criminosas ameaçam ‘batalha campal’ em presídio do RN
Fora das celas, centenas de presos do PCC e do Sindicato do Crime estão se hostilizando em espaço aberto; em, vídeo, PM diz que ‘vai ter confronto aqui
Um vídeo gravado (veja) na manhã desta terça-feira e publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra um policial falando sobre a possibilidade de enfrentamento entre os presos de facções rivais. As imagens mostram barricadas entre o pavilhão 4, dominado pelo Sindicato do Crime do RN, e o antigo pavilhão 5, hoje presídio Rogério Coutinho Madruga, comandado pelo PCC.
O policial, que está posicionado na guarita do presídio, descreve as cenas de tensão. “O negócio aqui está feio demais. De vez em quando a gente atira para não ter um confronto. Porque se tiver vai morrer gente demais. De um lado, tem 400 do Sindicato. Do outro, tem 600 do PCC”, diz o policial. Ele também afirma que há apenas dois agentes no muro e viaturas fazendo ronda do lado de fora para evitar as fugas. “Vai ter que ter o confronto aqui porque não tem condição de a gente segurar”, completa.
No último sábado, 26 detentos foram mortos por integrantes do PCC. O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), classificou a ação como uma retaliação ao massacre ocorrido no Complexo Prisional Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, no primeiro dia do ano, quando 56 presos, entre membros do PCC e estupradores, foram brutalmente assassinados pela Família do Norte (FDN). A FDN e o Sindicato do Crime são aliadas do Comando Vermelho, que desde meados do ano passado está em guerra com o PCC na disputa pelo monopólio do tráfico de drogas e dos presídios.
O governador também disse que a polícia ainda não invadiu a penitenciária para evitar um novo Carandiru, referindo-se ao maior massacre da história do sistema penitenciário brasileiro, quando 111 presos foram mortos pela Polícia Militar de São Paulo em 1992. “O que podemos fazer? Entrar lá e matar os presos?”, questionou Faria.
Comentários
Postar um comentário