Cármen Lúcia consulta ministros sobre relatoria da Lava Jato
Presidente do STF iniciou conversas informais com os colegas em busca de uma solução consensual

Cármen Lúcia decidirá sobre a escolha do novo relator no STF (José Cruz/Agência Brasil)
Além de procurar alguns ministros informalmente, Cármen Lúcia foi ao gabinete de Teori conversar com servidores e os juízes auxiliares do relator sobre o andamento do processo de homologação das delações de executivos da empreiteira Odebrecht. Segundo os assessores, a análise dos depoimentos está avançada. Teori estava prestes a homologar as delações e a decisão estava prevista para fevereiro.
Cármen Lúcia também se reuniu com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Oficialmente, ele foi “prestar condolências” à presidente da corte. Nos bastidores, Janot tem revelado preocupação com o futuro da Lava Jato e principalmente com a homologação das delações da Odebrecht, que se encontram em compasso de espera.
Relatoria
Além de resolver a questão emergencial sobre a retomada do andamento da Lava Jato, a presidente do STF precisa decidir sobre a redistribuição das ações a outro integrante da corte. No entanto, ainda há dúvidas se a distribuição será feita entre todos os integrantes do STF ou somente entre os ministros da Segunda Turma, colegiado do qual Teori fazia parte. O regimento interno do Supremo autoriza as duas possibilidades.Nos bastidores, ministros do STF mostram opiniões distintas sobre o assunto. Há parte que defende que o novo relator da Lava Jato deve ser definido em um sorteio entre todos os integrantes da corte. Há ainda uma corrente que entende que o sorteio deve ser restrito à Segunda Turma. Outros ministros avaliam que o regimento da Corte indica que o revisor do caso é que deve assumir as ações. Neste caso, o revisor da Lava Jato na Segunda Turma é Celso de Mello. Já no plenário é o ministro Luís Roberto Barroso.
(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)
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