Cabral enviou 100 milhões de dólares ao exterior, dizem delatores
Dinheiro foi depositado em contas bancárias de terceiros em Nova York, Genebra, Bahamas, Luxemburgo, Uruguai e Andorra; PF diz que já repatriou maior parte
Desse total, 78 milhões de dólares foram exclusivamente para Cabral, com o dinheiro sendo usado para financiar todos os gastos do ex-governador e da sua família. O restante teria sido dividido entre os operadores do peemedebista Wilson Carlos (155 milhões) e Carlos Miranda (7 milhões).
Segundo delatores que procuraram espontaneamente o Ministério Público Federal (MPF) após a deflagração da Operação Calicute, que levou Cabral à prisão, o ex-governador enviou os valores ao exterior por meio de contas em nomes de terceiros. O MPF afirma que já conseguiu repatriar cerca de 270 milhões de reais. Para o juiz Marcelo da Costa Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, “as cifras são indubitavelmente astronômicas”.
Segundo ele, valores que variavam de 50.000 a 250.000 reais oriundos de propinas eram levados mensalmente em uma mochila para que fossem realizados os depósitos. Chebar destaca que “de três a quatro vezes por ano, se reunia com Cabral, na casa do peemedebista, para prestar contas dos valores que estavam em seu nome”.
Já Marcelo Hasson Chebar, irmão de Renato, informou aos procuradores que, a partir de 2007, os valores “aumentaram significativamente” e que Carlos Miranda, um dos operadores de Cabral, fazia o controle dos valores por meio de planilhas. O MPF destaca que, além das contas bancárias “Silver Fleet” e “Alpine Grey”, os recursos foram destinados a outros paraísos fiscais em Genebra, Bahamas, Luxemburgo, Uruguai e Andorra.
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