Provas da Lava Jato podem ser usadas em ações contra Dilma no TSE, diz procurador
Vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, deu parecer contrário à defesa de Dilma Rousseff e defendeu uso de provas remetidas por Sergio Moro à Justiça Eleitoral
Em seu parecer, o vice-procurador contraria a tese da defesa da presidente, que argumentou não terem sido preenchidos requisitos necessários à admissão das provas da Lava Jato como "provas emprestadas" às ações na Justiça Eleitoral. Dilma havia solicitado a não utilização das provas depois de o juiz federal Sergio Moro ter encaminhado ao TSE cópias de denúncias e sentenças da Operação Lava Jato.
Após a primeira remessa de Moro à Justiça Eleitoral, enquanto Dilma protestava contra o compartilhamento, a Coligação Muda Brasil e o PSDB solicitaram ao magistrado oitivas de testemunhas da Lava Jato e envio de mais documentos, entre os quais termos de delações premiadas, relatórios da Polícia Federal e extratos bancários.
Segundo Eugênio Aragão, o argumento de Dilma "não se aplica" porque "as denúncias e sentenças encaminhadas não constituem, em si, prova de qualquer fato nelas referidos" e "tais documentos apenas retratam o entendimento dos membros do Ministério Público Federal e do Poder Judiciário". Sobre os pedidos do PSDB e da coligação encabeçada por Aécio Neves nas eleições de 2014 a Moro, Aragão observa que "é necessária uma análise mais detalhada da pertinência de alguns dos pedidos formulados".
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Moro também sugeriu à Corregedoria-Geral Eleitoral que sejam ouvidos os delatores da Lava Jato Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, Milton Pascowitch e Ricardo Pessoa. Eles confirmaram, em âmbito criminal, que repasses de propina foram mascarados como doações eleitorais oficiais e também entregue como caixa dois.
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