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Na TV, PMDB ataca má gestão de Dilma e fala do 'Plano Temer'

Programa do partido será exibido nesta quinta-feira. Legenda se apresenta como opção para "tomar a dianteira" do Brasil

Vice-presidente do Brasil, Michel Temer, após evento em Brasília - 06/10/2015(Ueslei Marcelino/Reuters)
Na semana em que a Operação Lava Jato colocou na cadeia o marqueteiro da presidente Dilma Rousseff, o PMDB leva ao ar um programa partidário em que se apresenta como opção para "tomar a dianteira" do Brasil. Durante dez minutos, dirigentes da sigla fazem duros ataques à má gestão que provocou a atual crise econômica brasileira - em clara referência a Dilma. O programa será exibido na quinta-feira em rede nacional de rádio e televisão. Prestes a promover uma convenção nacional em março, quando pode debater o desembarque do governo Dilma Rousseff, o partido apresenta no comercial uma nova versão do Plano Temer, lançado no ano passado sob o título "Uma ponte para o futuro", e sinaliza uma candidatura própria à Presidência em 2018.
O vice-presidente da República, Michel Temer, afirma que o país vive dias difíceis "principalmente em função dos próprios erros". Ele afirma que a desconfiança e o pessimismo são naturais, mas não ajudam em nada. Temer pede "união de verdade" e "diálogo" para o país sair da crise. "O Brasil precisa de pacificação e de consenso. E é para já", afirma Temer. "Tenho plena convicção de que é possível recobrar o ânimo, resgatar a confiança e reabrir as portas para o crescimento."
 
"Por ser o maior partido do Brasil e ter forte representatividade em todo o território nacional o PMDB é hoje partido que reúne as melhores condições de promover uma unidade e pacificar a política", diz o deputado Hildo Rocha (MA). Com estética soturna, o partido afirma que o país terminou 2015 e começou 2016 sem rumo por causa de desentendimentos, com crescimento de desemprego e da inflação. "Nem a banana é vendida mais a preço de banana", destaca o PMDB. "O brasileiro empobreceu e entristeceu e o país precisa reagir já."
Parlamentares como os deputados Marcos Rotta (AM) e Osmar Serraglio (PR) se revezam na tela com críticas ao escândalo do petrolão. O PMDB é um dos partidos acusados de saquear a Petrobras por meio do controle de diretorias da estatal, ao lado do PP e do PT.
Um dos acusados de receber propina em troca de contratos na estatal, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), lembrou que o país constitui-se em um Estado de Direito. "É numa crise como essa que vivemos que esses direitos devem, mais do que nunca, ser preservados. O que vale para um, vale para todos", afirma. Ele tem reclamado de receber tratamento desigual do Ministério Público Federal e de ser retaliado com o avanço das investigações da Lava Jato por ser abertamente opositor de Dilma e do PT.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), diz que a "Agenda Brasil", lançada pelo partido, tem propostas e soluções para o futuro, com reunião de forças políticas e retomada do crescimento. O Plano Temer 2 a ser lançado pela Fundação Ulysses Guimarães vai apresentar propostas "para manter e ampliar os ganhos sociais". A ideia é mostrar que o PMDB não se manteve inerte.
O partido usou o programa para exibir parlamentares que não haviam aparecido no último programa na TV, além de pré-candidatos do partido a prefeitos de capitais, como Pedro Paulo, no Rio, e Marta Suplicy, em São Paulo. A ideia, segundo o marqueteiro do partido, Elsinho Mouco, é mostrar busca da unidade e "não esconder ninguém, nem os que não vivem o melhor momento político". Ele explica que o programa não é de governo nem oposição, mas tem objetivo de atacar as causas da crise, "sem maquiar que o Brasil vem sofrendo com gestões equivocadas, com sucessivos desvios de conduta e tanta gente fazendo tanta coisa errada". Mouco destaca que o PMDB deseja "criar pontes e não muros" e por isso não usa do "argumento cansado do nós contra eles" - repetido na TV na noite desta terça na boca do ex-presidente Lula.

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