"Não" à reeleição de Morales vence com 51% dos votos, apontam pesquisas
Segundo institutos, bolivianos barrarão os planos do presidente que pretende disputar seu 4° mandato em 2019
As pesquisas, divulgadas quatro horas depois do fechamento das urnas, foram realizadas pelas empresas Ipsos e Equipos Mori pelo sistema de apuração rápida.
Mais de 6,5 milhões de bolivianos foram convocados para este referendo, no qual se consultou sobre uma reforma constitucional para ampliar de dois para três os mandatos presidenciais consecutivos permitidos, o que possibilitaria que o presidente Morales pudesse voltar a ser candidato.
A pesquisa da Ipsos para o canal privado "ATB" antecipa a vitória do "Não" com 52,3% contra 47,7% do "Sim", enquanto a da Equipos Mori para a rede "Unitel", "Rede Um" e o jornal "El Deber" prevê 51% para o "Não" e 49% para o "Sim".
Segundo ambas as pesquisas, a opção governista só teria ganhado nos departamentos de La Paz, Cochabamba e Oruro, enquanto o "Não" teria vencido em Santa Cruz, Potosí, Chuquisaca, Tarija, Beni e Pando.
As regiões com porcentagens mais altas de oposição à proposta de reforma constitucional foram, segundo as pesquisas, as de Tarija, Beni, Potosí e Santa Cruz, onde o "Não" obteve apoios em torno de 60%.
As pesquisas divulgadas nas últimas semanas previam um resultado equilibrado entre ambas as opções, embora tenham sido feitas antes que se divulgasse uma polêmica denúncia que envolve Morales em um suposto caso de tráfico de influência a favor de uma mulher que foi sua ex-companheira e que ele negou.
Em Santa Cruz de La Sierra, eleitores acusam tentativa de fraude nas eleições. Depois de horas de espera muitas pessoas foram embora depois de assinar as atas, mesmo sem votar. Quando as urnas chegaram, elas já estariam preenchiadas com votos favoráveis ao governo, acusaram os manifestantes. Depois de rasgar as caixas e retirar os supostos votos, os bolivianos queimaram as urnas e cédulas. O Tribunal Superior Eleitoral da Bolívia nega as fraudes e diz que, em duas semanas, repetirá a eleição nos locais onde houve conflito.
Com agência EFE
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