Pular para o conteúdo principal

Moro revoga prisão de empresário que teria operado acordo entre offshores de Odebrecht e Santana

Marcelo Rodrigues não foi encontrado pela Polícia Federal na Operação Acarajé. Defesa argumentou que ele não representa risco à coleta de provas

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato
O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato.
O juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Lava Jato em Curitiba, revogou nesta quinta-feira o mandado de prisão temporária contra o empresário Marcelo Rodrigues. Ele não foi preso na Operação Acarajé, a 23ª fase da Lava Jato, porque não foi encontrado. A defesa de Rodrigues argumentou com o magistrado que já foram realizadas buscas e apreensões em quatro locais vinculados ao empresário e, assim, a sua liberdade não põe mais em risco a coleta de provas.
Rodrigues é apontado pela investigação da Acarajé como um dos operadores do contrato entre a Klienfeld, uma das duas offshores usadas pela Odebrecht para pagar 3 milhões de dólares ao marqueteiro João Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura, e a Shellbill Finance S.A, offshore por meio da qual Santana e Mônica receberam o dinheiro no exterior. Os advogados de Marcelo Rodrigues também afirmaram que ele teria assinado um único contrato, em 2013.
A decisão de Moro contraria o Ministério Público Federal, que ontem havia se posicionado favoravelmente à manutenção da prisão temporária, "uma vez que a atividade probatória que ensejou a decretação da medida ainda está em curso". Segundo o MPF, o mandado contra Rodrigues "não visava apenas a assegurar a realização das buscas e apreensões, mas proteger a efetividade de outras medidas investigativas".
O magistrado ponderou que o "mais apropriado seria a apresentação do investigado à autoridade policial diretamente, a fim de evitar ser considerado foragido", mas considerou que as buscas foram concluídas e que o empresário "teria um papel menor nos fatos" para revogar o mandado de prisão.
Segundo decidiu Sergio Moro, no entanto, Marcelo Rodrigues deverá "contatar de imediato a autoridade policial colocando-se à disposição para prestar depoimento, inclusive atendendo chamado por telefone".

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...