Associado à luta pelo trabalhador, Sindae é acusado de demitir e ameaçar os próprios funcionários
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O bicho está pegando no Sindae, tradicional sindicato de Águas e Esgotos criado pelo falecido deputado Paulo Jackson, do PT, que fez história contra a privatização da Embasa.
Hoje, por conta da pandemia do coronavírus, contraditoriamente, a entidade defende com unhas e dentes que as empresas preservem a renda e os empregos, no que não pode ser criticada.
Porém, ela própria não dá o exemplo, já que demitiu e ameaça demitir mais dois funcionários, tirando emprego, renda e, de quebra, o plano de saúde dos profissionais de saúde.
Há vozes internas discordantes em relação à conduta do Sindae. Um diretor, ex-coordenador, fez o que se espera de um dirigente sindical: defendeu os trabalhadores, escrevendo uma mensagem em que condena as demissões.
Outros ex-diretores também criticaram e tentaram evitar as demissões num momento tão dramático como o que o Brasil atravessa.
Na carta de solidariedade aos demitidos, e aos que, segundo ele, permanecem submetidos a um clima de ameaça e insegurança, o ex-coordenador resume o sentimento dos que foram voto vencido na diretoria:
“Não aceito injustiças e nem perseguições. Não consigo me calar diante do arbítrio, da opressão e do medo. Sou um amante da liberdade, da democracia e do respeito ao próximo”, afirmou.
E completou: “Diante desse momento de pandemia, perdas de vida, amigos, parentes, vizinhos, brasileiras e brasileiros enlutados, temos que dar as mãos uns aos outros e não deixar ninguém pra trás”.
Finalizou o texto afirmando que “Não posso colocar as questões de ordem financeira acima da vida. Não posso esquecer tudo que os funcionários do sindicato fizeram por essa entidade e por cada um de nós. Não aceito ingratidão”.
Não é preciso enfatizar que o clima no sindicato é o pior possível, com a ameaça de novas demissões pairando no ar, em plena pandemia, agravando ainda mais a tensão entre os trabalhadores da entidade.
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