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Folhapress
26 de agosto de 2020 | 11:51

Butantan produzirá 400 milhões de doses de vacina com investimento do Ministério da Saúde, diz secretário paulista

BRASIL
A fábrica de vacinas para o novo coronavírus do Instituto Butantan pode ser ampliada para produzir 400 milhões de doses caso o Ministério da Saúde concorde em investir R$ 1,9 bilhão em sua ampliação.
A informação foi dada à coluna pelo secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, antes de entrar na reunião com o ministro interino da Saúde, Ernesto Pazuello, na manhã desta quarta (26).
Gorinchteyn foi ao encontro acompanhado pelo presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, que já tinha recebido integrantes da pasta da saúde em SP nesta semana para expor o projeto de produção da vacina em larga escala.​
O secretário afirma que a fábrica do Butantan já está começando a preparar a reforma que a capacitará a produzir 120 milhões de doses a partir de 2021.
Parte dos R$ 150 milhões para essa etapa já estão garantidos, em arrecadação feita com empresas da iniciativa privada. Já são R$ 100 milhões disponíveis. Faltam R$ 50 milhões.
Uma ampliação efetiva, que permitisse triplicar a produção, no entanto, dependeria de uma injeção mais forte de recursos.
Por isso o secretário marcou encontro para iniciar uma negociação com o Ministério da Saúde.
A vacina já está na terceira etapa de testes clínicos, que estão sendo feitos também em 9.000 voluntários no Brasil, num acordo com a farmacêutica chinesa Sinovac, que lidera as pesquisas e fabrica a vacina.
Caso ela seja de fato segura e efetiva, os chineses se comprometeram a enviar 45 milhões de doses a São Paulo até dezembro, e mais 15 milhões de doses no primeiro trimestre de 2021, totalizando 60 milhões de doses.
O restante teria que ser fabricado no Brasil.
“O investimento [de R$ 1,3 bilhão] é baixo perto do que pode acontecer com o país se não tivermos a vacina disponível para todas as pessoas”, diz Gorinchteyn.
Ele diz estar otimista quanto à segurança e à efetividade do imunizante. “É preciso garantir a produção para que a vacina seja acessível a todos os brasileiros, de forma gratuita, para que possamos controlar essa epidemia”, finaliza o secretário.

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