Pular para o conteúdo principal
Agência Brrasil
Ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge

Raquel Dodge considera ‘grave’ depoimento de porteiro no caso Marielle

BRASIL
A ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge disse nesta quarta-feira, 30, que considera “grave” a declaração de um porteiro que cita o presidente Jair Bolsonaro em investigação sobre o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL). “É uma denúncia grave sobre a qual eu não tenho nenhum conhecimento”, afirmou. Para ela, a menção ao presidente justifica que o caso vá para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Raquel Dodge falou com o Estado após participar do Estadão Brasil Summit – O que é poder?, realizado em São Paulo. Em setembro, quando ainda era procuradora-geral, ela denunciou o ex-deputado estadual e ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, além de outras quatro pessoas, por obstrução da investigação sobre os homicídios. No último dia de seu mandato, Raquel fez um pedido de federalização das investigações, com a justificativa de que havia “inércia” na apuração em nível local. A decisão cabe ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em depoimento revelado pelo Jornal Nacional nessa terça-feira, 29, um porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde morava Ronnie Lessa, um dos acusados de matar Marielle, afirmou à Polícia Civil que um homem chamado Elcio entrou no local dizendo que iria à casa 58, onde mora Bolsonaro. Segundo o porteiro, quem teria atendido o interfone foi “seu Jair”, que teria autorizado a entrada. Registros da Câmara, no entanto, mostram que Jair Bolsonaro estava em Brasília nesse dia.
“Toda vez que uma autoridade com foro de prerrogativa de função é referida, ainda que não haja nenhuma evidência contra ela, os casos costumam ser remetidos ao foro competente”, disse a procuradora nesta quarta. Ela ressaltou ainda a dimensão do assassinato de Marielle. “É um caso muito importante. Ela era vereadora no exercício do cargo e fazia um grande serviço social. Toda vez que se cala um representante eleito do povo é preciso avaliar o homicídio nessa dimensão.”

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.