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EUA e China chegam a entendimento sobre relação comercial, diz Casa Branca

Acordo entre os dois países é aguardado após mais de 16 meses com imposição de tarifas e ataques ditando o tom das relações entre as potências

Os Estados Unidos e a China chegaram a um entendimento sobre a direção de suas relações comerciais depois de uma guerra comercial de quase 16 meses, disse o assessor da Casa Branca Jared Kushner nesta terça-feira, 29.
Kushner, genro do presidente Donald Trump, disse a um painel na conferência da Future Investment Initiative em Riad que o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, “fizeram um acordo fabuloso” com Pequim.
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“Acho que as pessoas entendem o presidente, que ele é firme, sabem que ele tomará as decisões que considera corretas e acho que, finalmente, chegamos a um entendimento com a China agora sobre onde queremos seguir”, disse Kushner.
No início do mês, o presidente Donald Trump disse que chegou em um acordo preliminar com a China. Sem citar os termos, o presidente americano afirmou que o acordo deve beneficiar agricultores e também negócios como fabricante de aviões Boeing.
Mais cedo, os Estados Unidos declararam que consideram renovar por até doze meses exclusões tarifárias para 34 bilhões de reais em importações da China, segundo comunicado do Escritório do Representante Comercial (USTR, na sigla em inglês) dos EUA. Em dezembro de 2018, bens chineses totalizando US$ 34 bilhões foram isentos de tarifas adicionais impostas por Washington em julho do ano passado. Essa exclusão, porém, irá vencer no fim de dezembro deste ano.

Tecnologia

Apesar do tom conciliador da Casa Branca sobre as negociações comerciais, a China acusou nesta terça-feira os Estados Unidos de “comportamento de intimidação econômica”, após reguladores americanos citarem ameaças à segurança ao propor corte de financiamento para equipamentos chineses em redes de telecomunicações do país.
Em coletiva de imprensa diária, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, disse que Pequim “se oporia de forma resoluta ao abuso de poder pelos EUA ao excluir empresas chinesas específicas com acusações indevidas na ausência de provas.”
“O comportamento de intimidação econômica dos EUA é uma negação do princípio da economia de mercado que os EUA sempre promoveram”, disse Geng, acrescentando que a eventual iniciativa de Washington “minaria os interesses” de empresas e consumidores americanos, principalmente em áreas rurais. “Gostaríamos mais uma vez de pedir aos EUA que parem de abusar do conceito de segurança nacional”, disse o porta-voz.
No mês que vem, a Comissão Federal de Comunicações dos EUA irá votar sobre a possível proibição de que empresas de telecomunicações utilizem subsídios do governo para pagar por equipamentos de rede fornecidos pelas chinesas Huawei e ZTE.
(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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