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Agência Senado
Eduardo Gomes

‘Ninguém foi tão atacado quanto Bolsonaro’, diz novo líder do governo no Congresso

BRASIL
Novo líder do governo no Congresso, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO) sai em defesa do presidente Jair Bolsonaro no episódio do vídeo com críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal) e afirma que, na política recente do país, ninguém foi tão atacado e precisou se defender tanto quanto o capitão reformado.
“É evidente que a gente quer uma política de boa qualidade, a gente quer um debate bom, mas também sempre tenho dito que o presidente Bolsonaro, pela forma com que teve a sua carreira política interpretada, foi obrigado sempre a se defender m uito de todos os tipos de ataque”, diz ele, em entrevista concedida no estúdio compartilhado da Folha e do UOL em Brasília.
No vídeo publicado na segunda-feira (28), Bolsonaro se compara a um leão acossado por hienas. Uma delas representa o STF. Outras simbolizam a imprensa, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), a ONU, partidos de oposição (como PT e PC do B) e seu próprio partido, o PSL.
Para Gomes, que diz ter um relacionamento cordial com Bolsonaro, o posterior pedido de desculpas do presidente deveria apaziguar os ânimos.
“Nesse episódio, ele fez as retratações que achou corretas”, diz. “O importante é que o presidente fez o reconhecimento e, como presidente da República, isso deve ser agora interpretado por aqueles que se sentiram atacados.”
Gomes era vice-líder do governo no Senado quando o PSL mergulhou em um racha que opôs aliados de Bolsonaro aos congressistas que apoiam o presidente da legenda, o deputado Luciano Bivar (PE).
Como resultado da crise, a deputada Joice Hasselmann (SP) foi destituída da liderança do governo no Congresso e substituída por Gomes.
Em sua opinião, a crise no PSL, embora grande, não vai contaminar votações importantes para o Planalto no Congresso, como a reforma administrativa, a reforma tributária ou o pacto federativo.
Isso porque, na avaliação do senador, o brasileiro já está acostumado com governos que tinham “crises por todos os lados”, como o mensalão –esquema ilegal de financiamento político organizado pelo PT para corromper congressistas e garantir apoio ao governo Lula no Congresso– e a Operação Lava Jato – investigação de corrupção na Petrobras envolvendo políticos de vários partidos e algumas das maiores empresas públicas e privadas do país, principalmente empreiteiras.
“Acredito que essa crise do PSL começa e termina em si mesmo”, afirma. “Os parlamentares do PSL vão exercitar essa discussão, e essa briga deve terminar em breve porque eles vão precisar disputar a eleição [municipal de 2020].”
Folha de S.Paulo

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