“Isso é uma desmoralização para o Brasil e para a instituição Presidência da República”, diz Wagner
Foto: Agência Senado
Jaques Wagner (PT) durante pronunciamento no Senado
Em tom mais ameno do que que a bancada de Oposição baiana em Brasília, o senador Jaques Wagner (PT) também criticou a notícia da prisão de um militar com 37 quilos de cocaína em avião da FAB na Espanha. Em suas redes sociais oficiais, o petista divulgou um vídeo falando sobre o assunto e afirmou que o caso é uma “desmoralização para o Brasil e para a instituição Presidência da República”. “Como pode alguém ser flagrado transportando 39 kg de cocaína em um avião presidencial? Era traficante? Foi posto lá a serviço de alguém?”, afirma na legenda em suas contas no Twitter, Facebook e Instagram.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues fez ao menos 29 viagens no Brasil e no exterior desde 2011 e acompanhou três presidentes. Além de Jair Bolsonaro (PSL), o militar também fez 14 roteiros entre 2016 e 2018, período em que o presidente era Michel Temer (MDB). E ainda houve ao menos quatro missões quando o país era governado por Dilma Rousseff (PT). Em 6 de maio de 2016, o militar acompanhou a petista em viagem a Juazeiro (BA) e Cabrobró (PE) para visitar as obras de transposição do São Francisco.
“Realmente a gente fica entre o susto, a perplexidade e a expectativa porque não é bem o papel da Abin, apesar de que é o papel do GSI sob o comando do general Heleno tratar das viagens e da segurança. Eu me lembro que quando era ministro a gente embarcava na base aérea e tinha aquele raio-x. Agora, imagina mesmo a petulância realmente de alguém entrar com 30 e tantos quilos, o valor estimado é de R$ 10 milhõe. É o quê? Pra desmoralizar o país? Pra desmoralizar a instituição Presidência da República? Porque vira lá fora um negócio complicado para nós. Ou seja, porque a notícia que saiu ‘o avião do presidente da República Federativa do Brasil carregava x quilos de cocaína’. Eu não sei se ele foi posto lá a serviço de alguém, se era um traficante, porque realmente é de uma petulância”, afirmou Wagner em pronunciamento durante sabatina na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
Raiane Veríssimo
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