Pular para o conteúdo principal

 Após adiar convite à Câmara, Moro é cobrado por deputado para explicar viagem

Um dia após o ministro Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Pública, adiar sua ida à Câmara, o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) protocolou nesta terça-feira, 25, um requerimento de informações para que Moro explique os motivos de sua viagem aos Estados Unidos. O deputado também fez um pedido para que o ministro seja convocado a ir à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara prestar esclarecimentos sobre as conversas com procuradores da Lava Jato reveladas pelo site The Intercept. No requerimento, Jerry afirma que Moro quebrou um compromisso assumido com parlamentares ao cancelar sua ida à Câmara, marcada para quarta, em razão da viagem de última hora. O deputado solicita ainda que Moro esclareça os motivos que o levaram a cancelar a ida à Câmara sem prévio aviso, quais os resultados práticos da viagem aos EUA, quais assessores o acompanharam, a relação de agendas, autoridades visitadas e pauta das reuniões. O ministro tem prazo de 30 dias para responder. Na semana passada o líder do governo na Câmara, Major Vito Hugo (PSL-GO), firmou um acordo com os presidentes de quatro comissões que se articulavam para convocar Moro. Eles trocariam as convoocações por um convite e o ministro se comprometeria a ir à Câmara nesta quarta-feira, 26, quando responderia aos deputados em uma audiência pública. Na segunda, Moro cancelou a ida à audiência alegando uma viagem de última hora aos EUA. O requerimento de Jerry vai ser votado na quarta, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Se for aprovado, Moro, na condição de ministro, é obrigado a comparecer. Ao contrário do convite, que é facultativo, a convocação é obrigatória, conforme previsto no artigo 50 da Constituição. No requerimento, Jerry argumenta que o ministro deve explicações sobre o conteúdo das mensagens divulgadas desde o dia 9, nas quais o então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela Lava Jato, indicou testemunha, tratou sobre estratégias e orientou a acusação durante processos referentes a desvios na Petrobrás. As conversas reforçam a argumentação da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para pedir a suspeição de Moro, autor da primeira sentença que condenou o petista preso em Curitiba. Na semana passada, Moro foi ouvido sobre o mesmo assunto no Senado. Integrantes do governo, no entanto, avaliam que na Câmara o ministro deve enfrentar um clima mais hostil.
Estadão

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Ex-presidente da Petrobras tem saldo de R$ 3 milhões em aplicações A informação foi encaminhada pelo Banco do Brasil ao juiz Sergio Moro N O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine (Foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil) Em documento encaminhado ao juiz federal Sergio Moro no dia 31 de outubro, o Banco do Brasil informou que o ex-presidente da Petrobras e do BB Aldemir Bendine acumula mais de R$ 3 milhões em quatro títulos LCAs emitidos pela in...
Grécia e credores se aproximam de acordo em Atenas Banqueiros e pessoas próximas às negociações afirmam que acordo pode ser selado nos próximos dias Evangelos Venizelos, ministro das Finanças da Grécia (Louisa Gouliamaki/AFP) A Grécia e seus credores privados retomam as negociações de swap de dívida nesta sexta-feira, com sinais de que podem estar se aproximando do tão esperado acordo para impedir um caótico default (calote) de Atenas. O país corre contra o tempo para conseguir até segunda-feira um acordo que permita uma nova injeção de ajuda externa, antes que vençam 14,5 bilhões de euros em bônus no mês de março. Após um impasse nas negociações da semana passada por causa do cupom, ou pagamento de juros, que a Grécia precisa oferecer em seus novos bônus, os dois lados parecem estar agindo para superar suas diferenças. "A atmosfera estava boa, progresso foi feito e nós continuaremos amanhã à tarde", d...