O ministro da Economia, Paulo Guedes, demonstrou otimismo sobre as negociações com o Legislativo em torno da reforma da Previdência e previu que haverá liberação de mais de 100 bilhões de reais em depósito compulsório para ampliar o crédito privado. “Vem aí mais de 100 bilhões (de reais) de liberação de compulsório pela frente”, afirmou, lembrando que na véspera o Banco Central já havia anunciado redução de alíquotas desses recursos.
Citando medidas em discussão e propostas para destravar a economia, Guedes afirmou que os avanços têm acontecido em “ótimo” ritmo e que o governo tem “despedalado” bancos públicos, melhorando a alocação de recursos e expandido o crédito privado. “Toda a equipe está trabalhando. As coisas não acontecem por acidente”, afirmou Guedes a jornalistas junto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), após encontro entre ambos.
Após a fala de Guedes, o Banco Central divulgou nota informando que “o efeito financeiro dos R$16,1 bilhões de redução decorrentes da regulamentação dos depósitos compulsórios à prazo, divulgada ontem, ocorrerá em 15/7/19.” Ainda de acordo com a nota, redução estrutural dos compulsórios é uma das ações da Agenda BC#, parte do pilar de eficiência de mercado. “O aprimoramento dos atuais instrumentos de assistência financeira de liquidez, também previsto na Agenda BC#, nos permitirá trabalhar com um nível de compulsório mais baixo no futuro. A ação ainda está em curso, sem definições de prazos ou montantes. O BC não antecipa decisões ou regulações”, informa a nota.
Gás
Guedes citou ainda ações para baratear o preço do gás, com quebra de monopólio tanto na atividade de extração e refino quanto na de distribuição, com expectativa de redução do preço entre 30% e 40% “no final da linha”. “Vamos reindustrializar o país em cima de energia barata.”
O ministro da Economia admitiu que se ressentiu da retirada de estados e municípios do parecer da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara e também da exclusão de servidores públicos do relatório. Guedes comentou sobre eventuais dificuldades derivadas de resistências de membros de alguns partidos com relação à inclusão de estados e municípios na reforma da Previdência. “Essas questões locais… às vezes um partido qualquer quer a reforma, mas não quer pagar o custo político. […] Dê um passo para frente, assuma o custo político e vamos botar o Brasil para crescer.”
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