Pular para o conteúdo principal
Trump oficializa novas sanções econômicas contra o Irã
Foto: Reprodução / G1
O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (24) uma ordem executiva que impõe novas sanções econômicas ao Irã, em meio a um aumento das tensões entre os dois países.

Trump disse inicialmente que as sanções, que terão como alvo o líder iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, se deram em resposta à derrubada de um drone dos EUA pelo Irã na quinta (20). Mas em seguida o republicano afirmou que as novas punições estavam previstas para serem implantadas antes do episódio da queda do drone.

A ordem assinada nesta segunda deve barrar o acesso de líderes iranianos a instrumentos financeiros, mas detalhes de como isto será executado ainda não foram divulgados.

Segundo o Secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, que estava presente durante a assinatura, as novas medidas bloquearão bilhões de dólares em ativos iranianos.

"Sanções impostas por meio da ordem executiva vão negar ao Líder Supremo [do Irã] e ao escritório do Líder Supremo, e àqueles intimamente ligados a ele e ao escritório, o acesso recursos financeiros essenciais e apoio", disse Trump. "O Irã nunca poderá ter uma arma nuclear", completou.

Esta é a segunda rodada de sanções que os EUA impõem contra seu rival este ano. Em maio, Washington ordenou que países aliados parassem de importar petróleo do Irã. A ideia é estrangular a economia do regime, já que a venda da commodity é a principal fonte de receita do Irã.

Segundo o jornal The New York Times, as novas sanções devem atingir outras fontes de renda do país, com o objetivo de forçar mudanças políticas na nação.Trump quer que Teerã a abra negociações sobre seus programas nucleares e de mísseis, bem como suas atividades militares na região.

A primeira mudança seria dar limites estritos ao desenvolvimento do programa nuclear do país -que poderia evoluir a ponto de produzir armamentos. A segunda seria impedir o apoio do Irã a milícias árabes na região -o país é aliado do grupo rebelde do Iêmen houthi, de quem se vale para atacar a Arábia Saudita, sua inimiga.

A tensão entre os países vem crescendo desde que Washington se retirou, no ano passado, de um acordo nuclear firmado com Teerã e outras potências em 2015.

O governo de Trump disse que o acordo fechado com seu antecessor, o presidente Barack Obama, não fez o suficiente para conter o avanço nuclear do país do Oriente Médio. Mas a Agência Internacional de Energia Atômica da ONU diz que o Irã vinha cumprindo os pontos do acordo. 

Em maio, quatro petroleiros da Arábia Saudita -aliada americana- foram atacados na mesma região, e os EUA afirmaram que era provável que o Irã fosse o responsável. No início deste mês, dois navios petroleiros sofreram ataques no estreito de Hormuz. Os EUA culparam o Irã, que negou a autoria. 

Na quinta (20), o Irã abateu um drone espião americano que, segundo a versão do país, sobrevoava espaço aéreo internacional. Mas Teerã afirma que a aeronave estava em espaço aéreo iraniano. 

Em resposta, Trump chegou a ordenar ataques aéreos contra o país, mas mudou de ideia na último minuto ao ser informado de que 150 mortes poderiam ser causadas. Ele considerou a resposta desproporcional à derrubada do drone.

Os EUA afirmam não querer entrar em guerra. Trump disse estar aberto a conversas com líderes iranianos, mas Teerã rejeitou tal oferta a menos que Washington abandone as sanções.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.