Pular para o conteúdo principal

Irritado, Bolsonaro interrompe entrevista ao chegar ao Japão para o G20; porta-voz diz não ver relação com a prisão de militar com cocaína

De acordo com o general Otávio Rêgo Barros, a irritação não tem ligação com o caso, e sim com a longa viagem de 25 horas
O presidente Jair Bolsonaro em entrevista coletiva no Japão, onde participa de reunião do G20 Foto: Reprodução / Redes sociais
O presidente Jair Bolsonaro em entrevista coletiva no Japão, onde participa de reunião do G20 Foto: Reprodução / Redes sociais
Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura.Ouça este conteúdo0:0004:05
OSAKA (JAPÃO) - O presidente Jair Bolsonaro chegou ao hotel em Osaka, nesta quinta-feira, onde será realizada a reunião de cúpula do G20 ,  mostrando irritação com indagações dos jornalistas que queriam saber sobre o posicionamento do Brasil noencontro de líderes internacionais . Bolsonaro parecia irritado desde que entrou no hotel, onde jornalistas brasileiros o aguardavam. Questionado sobre a mensagem que trazia para o evento, disse que estava com agenda pronta.
O porta-voz da Presidência assegurou que a irritação demonstrada pelo presidente, que encerrou a entrevista de maneira brusca, não tinha relação com a prisão do militar da Força Aérea Brasileira (FAB),flagrado com 39 quilos de cocaína , no aeroporto de Sevilha, na Espanha, e interrompeu a entrevista após alguns minutos.
Perguntado se o Brasil tinha lado na guerra comercial entre EUA e China, Bolsonaro retrucou com um “não”, e acrescentou que ao Brasil interessa a paz.
- Não queremos que haja briga para a gente poder se aproveitar. Estamos buscando paz e harmonia, como estamos trabalhando aqui a questão do [acordo] Mercosul e União Europeia - disse. Quando outro jornalista quis voltar ao tema de acordo bilateral com o presidente Donald Trump, Bolsonaro se virou e partiu.
De acordo com o general Otávio Rêgo Barros, a irritação não tinha relação com o caso, e sim com a longa viagem de 25 horas feita por Bolsonaro, “tendo que descansar para amanhã (sexta-feira) estar disposto para cooperar no G20 e no Brics, para que todos os países que estão aqui envolvidos possam sair daqui com coisas que sejam palpáveis”.
Bolsonaro chegou ao Japão em meio a polêmica prisão do 2º sargento da Aeronáutica, destaque em jornais com influência na cena internacional. O jornal Financial Times publica que “Cocaína na Espanha coloca Bolsonaro sob pressão”. The New York Times intitula artigo com “Pó branco, rostos vermelhos: carga de cocaína a bordo de avião presidencial do Brasil”. E o Le Monde, de Paris, publica que Bolsonaro foi sacudido pelo “Aero Coca”, depois de 39 kg de cocaína terem sido descobertos em um avião oficial.

Mudança de escala

Militar de voo presidencial é preso com droga na Espanha Foto: Johnson Barros / Força Aérea Brasileira
Militar de voo presidencial é preso com droga na Espanha Foto: Johnson Barros / Força Aérea Brasileira
Indagado se o voo do presidente Bolsonaro para o Japão mudou a escala, de Sevilha para Lisboa, por causa do incidente, o porta-voz retrucou que não.
- Foi uma questão técnica, avaliada pelo comando da Força Aérea juntamente com o GSI - afirmou.
Conforme o porta-voz, foi aberto inquérito policial militar sob a responsabilidade do Comando da Força Aérea para aclarar se houve falhas no caso do militar que embarcou no avião reserva da Presidência.
Rêgo Barros disse que o presidente determinou que o Ministério da Defesa, por meio da Força Aérea, tome todas as providências para disponibilizar o mais rápido possível à polícia espanhola dados para que sejam tomadas imediatamente as providências legais.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.