Pular para o conteúdo principal

 ‘O termo não é comemoração’, diz ministro da Defesa sobre aniversário do golpe de 1964

Foto: Estadão
O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva
O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, afirmou nesta terça-feira que o termo “comemoração” não é o correto para se referir a evento de aniversário do golpe militar de 31 de março de 1964. O presidente Jair Bolsonaro determinou ao Ministério da Defesa que faça as “comemorações devidas” do aniversário do 31 de março de 1964, quando um golpe militar derrubou o então presidente João Goulart e iniciou um período ditatorial que durou 21 anos. Conforme revelou o Estado no domingo, 24, a orientação foi repassada a quartéis pelo País. “O termo aí, comemoração, na esfera do militar, não é muito o caso. Vamos relembrar e marcar uma data histórica que o Brasil passou, com participação decisiva das Forças Armadas, como sempre foi feito”, afirmou o ministro, em Washington, nos Estados Unidos. “O governo passado pediu que não houvesse ordem do dia (no aniversário do golpe militar), este, ao contrário, acha que os mais jovens precisam saber o que aconteceu naquela data, naquela época”, afirmou o ministro. Questionado qual tipo de ato seria realizado, o general afirmou que haverá “uma formatura militar, palestra, ler a ordem do dia”. “Coisa que sempre a gente faz em todas datas. Todas as datas históricas do Brasil é feito isso, essa é mais uma”, afirmou, minimizando o evento. Conforme revelado pelo Estado, após Bolsonaro determinar a inclusão da data na ordem do dia das Forças Armadas, generais da reserva que integram o primeiro escalão do Executivo, pediram cautela no tom para evitar ruídos desnecessários diante do clima político acirrado e dos riscos de polêmicas em meio aos debates da reforma da Previdência. O ministro está nos Estados Unidos para a Conferência de Ministros da Defesa na Organização das Nações Unidas (ONU), na sexta-feira, em Nova York. Em Washington, ele se encontrou com Bolton e irá se reunir com o secretário de Defesa dos EUA, Patrick Shanahan. Antes da reunião, Bolton afirmou no Twitter que os dois “continuavam” com as conversas entre os dois países e mencionou a designação que os EUA pretendem dar ao Brasil como aliado preferencial fora da OTAN. A designação extra-OTAN foi anunciada pelo presidente americano, Donald Trump, durante a visita do presidente Jair Bolsonaro a Washington, no último dia 19. Azevedo e Silva também assina, em Washington, o acordo de salvaguardas tecnológicas, que permite o uso comercial da base de Alcântara. O acordo, firmado durante a visita de Bolsonaro, prevê a assinatura do ministro da defesa.
Estadão

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.