Pular para o conteúdo principal

Moeda está em valorização em todo o mundo, mas no Brasil alta é turbinada pela desconfiança do mercado sobre reforma da Previdência

28 MAR2019
09h26
atualizado às 10h30
  • separator
  • 13
  • COMENTÁRIOS
Depois do rali de quarta-feira, motivado sobretudo pela desconfiança do mercado sobre o futuro da reforma da Previdência, o dólar à vista iniciou esta quinta-feira, 28, superando os R$ 4 nos primeiros segundos de negociação. Desde outubro do ano passado, o real não se desvalorizava tanto.
A última vez em que o dólar superou esse patamar foi em 1º de outubro, quando o mercado ainda estava suscetível à incerteza de quem venceria o primeiro turno das eleições.
Moeda está em valorização em todo o mundo, mas no Brasil alta é turbinada pela desconfiança do mercado sobre reforma da Previdência
Moeda está em valorização em todo o mundo, mas no Brasil alta é turbinada pela desconfiança do mercado sobre reforma da Previdência
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil / Estadão Conteúdo
Na máxima do dia, o dólar à vista marcou R$ 4,0171, alta de 1,59%. Às 9h06, a moeda subia 1,03% aos R$ 3,9931.
A divisa dos EUA subia frente a maioria das moedas emergentes. O Dollar Index (DXY) subia 0,33% aos 97,096 pontos.
O movimento do mercado é motivado pela desconfiança sobre a capacidade do governo de tocar as reformas que julga necessárias. Nos últimos dias, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tornou pública sua impaciência com a falta de articulação do Planalto. O presidente da República, Jair Bolsonaro, respondeu. Nessa quarta-feira, ambos trocaram farpas publicamente até à noite.
Maia é o maior fiador da reforma da Previdência. O apoio do presidente da Câmara também é importante para qualquer ação de Bolsonaro que precise passar pel o Congresso.

Banco Central

Após o dólar à vista ter subido mais de 2% ante o real na sessão de quarta-feira, o Banco Central convocou para esta quinta um leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) de US$ 1 bilhão. Os recursos representam "dinheiro novo" no mercado, já que não estão vinculados à rolagem de nenhum vencimento. A operação é a primeira do tipo desde que o economista Roberto Campos Neto assumiu o BC.
Profissional da mesa de câmbio de um grande banco ouvido há pouco pelo Estadão/Broadcast lembrou que, em momentos de estresse, como os ocorridos em 2018 em função da campanha eleitoral, o BC de Ilan Goldfajn optou principalmente por operações de swap (operação que equivale a uma venda de moeda no mercado futuro). Os leilões de linha também foram utilizados por Goldfajn em algumas ocasiões, como na greve dos caminhoneiros e na campanha eleitoral do ano passado, e também houve as tradicionais operações no fim do ano, para suprir liquidez (falta de dólares) a empresas e fundos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Ex-presidente da Petrobras tem saldo de R$ 3 milhões em aplicações A informação foi encaminhada pelo Banco do Brasil ao juiz Sergio Moro N O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine (Foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil) Em documento encaminhado ao juiz federal Sergio Moro no dia 31 de outubro, o Banco do Brasil informou que o ex-presidente da Petrobras e do BB Aldemir Bendine acumula mais de R$ 3 milhões em quatro títulos LCAs emitidos pela in...
Grécia e credores se aproximam de acordo em Atenas Banqueiros e pessoas próximas às negociações afirmam que acordo pode ser selado nos próximos dias Evangelos Venizelos, ministro das Finanças da Grécia (Louisa Gouliamaki/AFP) A Grécia e seus credores privados retomam as negociações de swap de dívida nesta sexta-feira, com sinais de que podem estar se aproximando do tão esperado acordo para impedir um caótico default (calote) de Atenas. O país corre contra o tempo para conseguir até segunda-feira um acordo que permita uma nova injeção de ajuda externa, antes que vençam 14,5 bilhões de euros em bônus no mês de março. Após um impasse nas negociações da semana passada por causa do cupom, ou pagamento de juros, que a Grécia precisa oferecer em seus novos bônus, os dois lados parecem estar agindo para superar suas diferenças. "A atmosfera estava boa, progresso foi feito e nós continuaremos amanhã à tarde", d...