Nenhuma das oito propostas alternativas para um acordo sobre o Brexitconseguiu maioria dos votos no Parlamento do Reino Unido nesta quarta-feira, 27. Em uma série de votações, o projeto de um segundo referendo popular para ratificar um eventual acordo de saída do país da União Europeia foi derrotado por 295 votos a 268. A ideia de negociação de uma união aduaneira com o bloco europeu acabou rechaçado por 272 votos a 264.
Os deputados da Câmara dos Comuns tomaram o controle da agenda do Brexit nesta semana para convocar a votação desta noite, passando por cima da primeira-ministra, Theresa May. O resultado não poderia ter sido pior. A maioria dos parlamentares rejeitou as propostas de saída da União Europeia sem acordo, de retirada com um tratado temporário de livre comércio, de cancelamento do Brexit, de saída com preservação da livre circulação de britânicos e europeus. Nem mesmo o tratado de saída do Reino Unido da União Europeia teve maioria parlamentar assegurada.
Os parlamentares deixaram a porta aberta para que, na próxima segunda-feira, 1º de abril, ocorra uma segunda rodada de votações. May já advertiu que não cumprirá nenhuma indicação do Parlamento que vá contra o acordo que fechou com Bruxelas. Nesta quarta-feira, ela chegou a anunciar que renunciará ao cargo se seu acordo for aprovado.
O ministro para o Brexit, Steve Barclay, destacou que o resultado dessas votações “fortalece o ponto de vista de que o acordo negociado pelo governo é a melhor opção”.
O adiamento do Brexit para 22 de maio, caso haja um acordo aprovado até o dia 12, foi a única medida aprovada pelo Parlamento. Tratou-se de uma concessão de Bruxelas para evitar a saída abrupta do Reino Unido já nesta sexta-feira, 29, como estava originalmente previsto.
Mas não há sinais de que os europeus venham a ser novamente generosos se o acordo não estiver ratificado até 12 abril. Nesse caso, o Brexit deverá começar nessa data.
(Com EFE)
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