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Síndica do prédio dos R$ 51 mi diz que a chave do bunker era "pega" por Geddel e Lúcio

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O dono do imóvel afirmou à síndica que os irmãos guardariam bens do pai, que morreu em 2016

MARCELO ROCHA
19/10/2017 - 16h36 - Atualizado 19/10/2017 17h59

Em vídeo, mulher de delator diz: “Se não falar, sua filha e sua mulher vão presas”

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Gravação foi usada pela defesa do ex-deputado Henrique Alves para pedir anulação da delação de seu ex-assessor Fred Queiroz, sob o argumento de que não foi espontânea


O ministro do Turismo, Henrique Alves, durante cerimônia de posse no Planalto (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Uma série de vídeos postados nas redes sociais pela mulher de um colaborador da Justiça está sendo usada como argumento para um pedido de anulação de uma delação premiada. As gravações foram feitas por Érika Nesi, mulher do empresário Fred Queiroz, ex-assessor do peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), que contou aos investigadores da Operação Lava Jato ter buscado malas de dinheiro para o ex-ministro.
>> Ex-presidente da Câmara está deprimido na cadeia
Ao se defender de críticas que o casal estava sofrendo por ter “traído” Henrique Alves, Érika Nesi relatou que o marido foi pressionado a fazer uma delação para que ela e a filha não fossem presas. “Junta aí sua família, tá todo mundo preso, prende todo mundo, aí você chega lá na frente do juiz, aí o juiz... aí vamos assim... aí vocês sabem: 'se você não vai contar a verdade, a sua família vai ficar presa, o que que você vai fazer?'”, afirma Érika em um dos trechos, em referência aos investigadores. Em outro, ela diz: “Porque falar é muito bom, mas você quando diz: ‘Ah, se não falar isso, a sua filha, seu filho e sua mulher vai (sic) ficar presa’, eu quero ver o que você vai dizer”. Confira os trechos dos vídeos abaixo:
Patrícia Santos Queiros, síndica do prédio em Salvador onde a Polícia Federal apreendeu R$ 51 milhões, afirmou aos investigadores que o imóvel onde os valores estavam guardados foi emprestado ao deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). A administradora do edifício disse também que a chave do imóvel deixada por ela na portaria foi "pega pelos interessados", no caso Lúcio e seu irmão e ex-ministro Geddel Vieira Lima, também do PMDB baiano.
O dono do imóvel afirmou à síndica que os irmãos guardariam bens do pai, que morreu em 2016.

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