Pular para o conteúdo principal

Irã responderá a sanções e boicote de petróleo no dia 11

Vice-presidente da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento afirmou que o Estreito de Ormuz pode ser fechado caso o país tenha dificuldade de encontrar novos compradores para o óleo

O Irã responderá oficialmente às sanções da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos em 11 de fevereiro, informou nesta segunda-feira o vice-presidente da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento, Mohammed Kousari, em declarações divulgadas pela agência de notícias iraniana Fars. Ele deu a entender que o país buscará alternativas, mas manteve a ameaça retórica de que pode haver uma ação militar no Estreito de Ormuz.
"Se os ocidentais desistirem de comprar o petróleo do Irã, nós o venderemos a outros países", assegurou o deputado, acrescentando que o Estreito de Ormuz pode ser fechado, caso o embargo se espalhe e o país tenha dificuldade para encontrar outros compradores.
O deputado disse ainda que, se o Irã fechar o Estreito de Ormuz, "os EUA e seus aliados não serão capazes de abri-lo". "Se os EUA responderem, o Irã desestabilizará o mundo para os americanos e todos os militares serão obrigados a abandonar o Oriente Médio", afirmou Kousari. "A experiência demonstrou que a maior parte das sanções ocidentais contra o Irã contribuíram para o progresso da nação iraniana", acrescentou.
Rússia – Enquanto isso, também nesta segunda-feira, a Rússia criticou o acordo entre os países da União Europeia para impor um embargo ao setor petroleiro iraniano de forma gradual e aplicar sanções ao Banco Central do Irã, com o objetivo de limitar o financiamento do programa nuclear iraniano. "As sanções unilaterais não fazem as coisas avançarem", declarou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.
"A Rússia trabalhará para que todas as partes se abstenham de tomar decisões bruscas e para que as negociações sejam retomadas", acrescentou. A Rússia, que até agora aprovou quatro pacotes de sanções do Conselho de Segurança contra o Irã, anunciou, assim como a China, que seria contra novas sanções.
Contexto - A tensão no Oriente Médio cresceu nos últimos meses depois que a AIEA divulgou um relatório afirmando que o Irã estudava a produção de armas nucleares, o que levou o Ocidente a adotar duras sanções econômicas conta o país. Com isso, o Irã ameaçou fechar o Estreito de Ormuz, provocando instabilidade no mercado de petróleo, já que o canal do Golfo Pérsico tem grande importância no transporte do óleo. Os Estados Unidos responderam negociando o fim da importação de petróleo iraniano com vários países.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Ex-presidente da Petrobras tem saldo de R$ 3 milhões em aplicações A informação foi encaminhada pelo Banco do Brasil ao juiz Sergio Moro N O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine (Foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil) Em documento encaminhado ao juiz federal Sergio Moro no dia 31 de outubro, o Banco do Brasil informou que o ex-presidente da Petrobras e do BB Aldemir Bendine acumula mais de R$ 3 milhões em quatro títulos LCAs emitidos pela in...
Grécia e credores se aproximam de acordo em Atenas Banqueiros e pessoas próximas às negociações afirmam que acordo pode ser selado nos próximos dias Evangelos Venizelos, ministro das Finanças da Grécia (Louisa Gouliamaki/AFP) A Grécia e seus credores privados retomam as negociações de swap de dívida nesta sexta-feira, com sinais de que podem estar se aproximando do tão esperado acordo para impedir um caótico default (calote) de Atenas. O país corre contra o tempo para conseguir até segunda-feira um acordo que permita uma nova injeção de ajuda externa, antes que vençam 14,5 bilhões de euros em bônus no mês de março. Após um impasse nas negociações da semana passada por causa do cupom, ou pagamento de juros, que a Grécia precisa oferecer em seus novos bônus, os dois lados parecem estar agindo para superar suas diferenças. "A atmosfera estava boa, progresso foi feito e nós continuaremos amanhã à tarde", d...