Dilma ataca 'pensamento único' em Fórum Social
Presidente criticou as agências de risco e as ideias neoliberais ao discursar em evento
Ao discursar ontem no Fórum Social Temático iniciado ontem em Porto Alegre
(RS), a presidente Dilma Rousseff criticou o que chamou de "pensamento único",
referindo-se às ideias neoliberais que nortearam os países ocidentais em décadas
passadas, e disse que o Brasil não sacrificou sua soberania por causa das
pressões das agências de classificação de risco ou de grupos financeiros.
"Aqui estive em 2001. Participei quando ainda era secretária de energia do governador Olívio Dutra. Desde então, esta cidade transformou-se em referência para todos aqueles que buscavam criar uma alternativa ao desequilíbrio da situação econômica e política global. Aqui se firmou a ideia de que outro mundo é possível. Aqui estavam, como aqui hoje estão, os que não sucumbiram ao pensamento único. Mas muita coisa transformou-se. A crise virou crise real a partir de 2008. Nestes últimos 11 anos surgiram também coisas muito positivas. Na América Latina criaram-se alternativas democráticas. Em muitos países da região, entre eles o Brasil, foram criadas alternativas econômicas que reduzem a pobreza e as desigualdades sociais. Nossos países não sacrificam a soberania frente às pressões de grupos financeiros ou agências de classificação de riscos", disse ela
Elogios. A ex-senadora e ex-presidenciável Marina Silva elogiou o papel das redes sociais no debate político e na transformações da sociedade, dizendo que hoje se assiste por todo o planeta à possibilidade de se "democratizar a democracia".
Referindo-se a movimentos como o dos Indignados, surgido na Espanha e espalhado por toda a Europa, e depois o Ocupe Wall Street, que também se ampliou por todos os Estados Unidos, ela descreveu o quadro como "um fenômeno que, "se vê em todo o mundo, no Chile, na Espanha, nos Estados Unidos". Marina falou diante de uma plateia de cerca de 100 pessoas.
Marina teve ao seu lado, durante o debate, várias lideranças dos movimentos ambientais - entre os quais Ricardo Young, que dirige o Instituto Democracia e Sustentabilidade, e Oded Grajew, do Instituto Ethos. "Agora", disse ainda a ex-senadora, "as pessoas querem ser sujeitos, estamos diante da possibilidade de democratizar a democracia. As conexões, as redes e as alianças mostram que é possível mudar".
Ela evitou, em sua fala, qualquer referência à política nacional. Fincand0o pé na questão ambiental e na atuação extrapartidária dos movimentos sociais, ela observou, ainda, que é o excesso, e não a escassez, o problema mais grave que a humanidade tem. "Essa cultura foi capaz de produzir tudo, e se for o caso em tempo real, mas há quem não tenha", argumentou, numa crítica à má distribuição dos bens em todas as sociedades do planeta.
"Aqui estive em 2001. Participei quando ainda era secretária de energia do governador Olívio Dutra. Desde então, esta cidade transformou-se em referência para todos aqueles que buscavam criar uma alternativa ao desequilíbrio da situação econômica e política global. Aqui se firmou a ideia de que outro mundo é possível. Aqui estavam, como aqui hoje estão, os que não sucumbiram ao pensamento único. Mas muita coisa transformou-se. A crise virou crise real a partir de 2008. Nestes últimos 11 anos surgiram também coisas muito positivas. Na América Latina criaram-se alternativas democráticas. Em muitos países da região, entre eles o Brasil, foram criadas alternativas econômicas que reduzem a pobreza e as desigualdades sociais. Nossos países não sacrificam a soberania frente às pressões de grupos financeiros ou agências de classificação de riscos", disse ela
Elogios. A ex-senadora e ex-presidenciável Marina Silva elogiou o papel das redes sociais no debate político e na transformações da sociedade, dizendo que hoje se assiste por todo o planeta à possibilidade de se "democratizar a democracia".
Referindo-se a movimentos como o dos Indignados, surgido na Espanha e espalhado por toda a Europa, e depois o Ocupe Wall Street, que também se ampliou por todos os Estados Unidos, ela descreveu o quadro como "um fenômeno que, "se vê em todo o mundo, no Chile, na Espanha, nos Estados Unidos". Marina falou diante de uma plateia de cerca de 100 pessoas.
Marina teve ao seu lado, durante o debate, várias lideranças dos movimentos ambientais - entre os quais Ricardo Young, que dirige o Instituto Democracia e Sustentabilidade, e Oded Grajew, do Instituto Ethos. "Agora", disse ainda a ex-senadora, "as pessoas querem ser sujeitos, estamos diante da possibilidade de democratizar a democracia. As conexões, as redes e as alianças mostram que é possível mudar".
Ela evitou, em sua fala, qualquer referência à política nacional. Fincand0o pé na questão ambiental e na atuação extrapartidária dos movimentos sociais, ela observou, ainda, que é o excesso, e não a escassez, o problema mais grave que a humanidade tem. "Essa cultura foi capaz de produzir tudo, e se for o caso em tempo real, mas há quem não tenha", argumentou, numa crítica à má distribuição dos bens em todas as sociedades do planeta.
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