Alemanha quer que Europa controle orçamento grego, diz jornal
De acordo com Financial Times, proposta é que Grécia ceda controle de impostos e gastos públicos em troca de ajuda de US$ 130 bi
O jornal britânico Financial Times afirmou, em reportagem publicada neste sábado, que a Alemanha elaborou uma proposta para que Grécia ceda controle de decisões sobre impostos e gastos públicos para instituições europeias, em troca de um pacote de ajuda de US$ 130 bilhões.
O jornal diz ter cópia de um documento que inclui a criação de uma "autoridade orçamentária", que teria poderes para vetar decisões sobre o orçamento da Grécia, caso alguns compromissos com credores internacionais não sejam cumpridos.
As decisões seriam tomadas pela autoridade orçamentária, que seria escolhida por ministros das Finanças dos países da zona do euro. O Financial Times afirma que a proposta faria com que a arrecadação do governo grego fosse usada primeiramente para pagar dívidas com credores, antes de qualquer outro compromisso.Segundo o jornal, a proposta prevê "uma extensão extraordinária do controle da União Europeia sobre um Estado membro".
Os governos da Alemanha e da Grécia não quiseram comentar a proposta. O jornal afirma que o documento circulou na sexta-feira entre autoridades de diversos países da zona do euro que fazem parte de um grupo de trabalho dedicado a resolver a crise da dívida pública europeia.
As relações entre gregos e o resto da Europa são tensas desde 2010, quando a Grécia anunciou que não conseguiria pagar as suas dívidas públicas. Desde então, o país já recebeu dois pacotes de ajuda e promoveu reformas profundas nos seus gastos públicos, mas mesmo assim o país segue em crise e sem recursos.
Perto de um acordo
Na sexta-feira, o comissário europeu para Economia, Olli Rehn, disse no Fórum Econômico de Davos, na Suíça, que a Grécia está muito perto de chegar a um acordo com seus credores. O premiê grego, que também está em Davos, disse que está otimista sobre a possibilidade de se fechar um acordo "nos próximos dias".
Uma nova parcela da dívida grega – estimada em US$ 19 bilhões – está para vencer no dia 20 de março, e o governo não tem dinheiro para honrar seus compromissos. Analistas temem que um possível calote grego pode agravar ainda mais a crise na Europa.
A negociação está sendo feita entre o governo da Grécia e o Instituto de Finanças Internacional (IIF, na sigla em inglês), entidade que representa os credores. O ponto mais polêmico das negociações é a taxa de juros. O governo grego quer estender a sua dívida por um período maior, mas com juros mais baixos.
A IIF cobra juros de 4% nos papéis, mas a Grécia – com apoio de autoridades europeias – quer uma taxa abaixo de 3,5%.
Caso não consiga chegar a um acordo, a Grécia não poderá receber mais pacotes de ajuda do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional, o que pode agravar ainda mais a crise.
O jornal diz ter cópia de um documento que inclui a criação de uma "autoridade orçamentária", que teria poderes para vetar decisões sobre o orçamento da Grécia, caso alguns compromissos com credores internacionais não sejam cumpridos.
As decisões seriam tomadas pela autoridade orçamentária, que seria escolhida por ministros das Finanças dos países da zona do euro. O Financial Times afirma que a proposta faria com que a arrecadação do governo grego fosse usada primeiramente para pagar dívidas com credores, antes de qualquer outro compromisso.Segundo o jornal, a proposta prevê "uma extensão extraordinária do controle da União Europeia sobre um Estado membro".
Os governos da Alemanha e da Grécia não quiseram comentar a proposta. O jornal afirma que o documento circulou na sexta-feira entre autoridades de diversos países da zona do euro que fazem parte de um grupo de trabalho dedicado a resolver a crise da dívida pública europeia.
As relações entre gregos e o resto da Europa são tensas desde 2010, quando a Grécia anunciou que não conseguiria pagar as suas dívidas públicas. Desde então, o país já recebeu dois pacotes de ajuda e promoveu reformas profundas nos seus gastos públicos, mas mesmo assim o país segue em crise e sem recursos.
Perto de um acordo
Na sexta-feira, o comissário europeu para Economia, Olli Rehn, disse no Fórum Econômico de Davos, na Suíça, que a Grécia está muito perto de chegar a um acordo com seus credores. O premiê grego, que também está em Davos, disse que está otimista sobre a possibilidade de se fechar um acordo "nos próximos dias".
Uma nova parcela da dívida grega – estimada em US$ 19 bilhões – está para vencer no dia 20 de março, e o governo não tem dinheiro para honrar seus compromissos. Analistas temem que um possível calote grego pode agravar ainda mais a crise na Europa.
A negociação está sendo feita entre o governo da Grécia e o Instituto de Finanças Internacional (IIF, na sigla em inglês), entidade que representa os credores. O ponto mais polêmico das negociações é a taxa de juros. O governo grego quer estender a sua dívida por um período maior, mas com juros mais baixos.
A IIF cobra juros de 4% nos papéis, mas a Grécia – com apoio de autoridades europeias – quer uma taxa abaixo de 3,5%.
Caso não consiga chegar a um acordo, a Grécia não poderá receber mais pacotes de ajuda do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional, o que pode agravar ainda mais a crise.
Comentários
Postar um comentário