Após privatizações, Brasil reforça o capitalismo de Estado. O que você acha?
Reportagem da revista "The Economist" cita aspectos positivos, mas alerta que o modelo pode reforçar a corrupção.
Na reportagem, que cita economias conduzidas pelo governo, o modelo brasileiro é descrito como uma mistura práticas liberais com práticas mais intervencionistas, adotadas em outros dois países emergentes como o Brasil: a Rússia e a China.
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Ainda de acordo com a publicação, o capitalismo de Estado que estaria em vigor no Brasil tem se tornado um modelo ascendente.
A participação do Estado na economia do País já foi mais forte no passado. No início da década de 80, o país tinha mais de 500 estatais, em todos os níveis de atuação na economia. Com o processo de privatização ocorrido nos anos 90, a presença mais direta do governo na economia foi dando lugar a empresas e consórcios formado por companhais privadas.
No entanto, de acordo com a "The Economist", o Estado voltou a ter uma presença mais forte na economia nos últimos anos. O governo despejou recursos em um punhado de empresas principalmente nos setores ligados a recursos naturais e telecomunicações, segundo a publicação.
A Economist afirma que a grande inovação do capitalismo de Estado brasileiro é a prática que chama de "Leviatã como acionista minoritário", termo emprestado de um estudo dos professores Sergio Lazzarini, do Insper, e Aldo Musacchio, da Harvard Business School.
A revista ressalta que o Estado no Brasil é acionista minoritário em diversas companhias privadas e mesmo não possuindo o controle acionário, tem força para mudar ou ditar o rumo dos negócios de acordo com seus interesses.
A publicação faz elogios ao modelo, mas cita que o capitalismo de Estado frequentemente reforça a corrupção, "porque aumenta o tamanho e as opções de prêmios aos vitoriosos".
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