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Álcool em pequenas quantidades dobra tempo de vida de vermes

Cientistas descobriram que etanol faz muito bem à saúde deles. Descoberta pode ajudar a entender benefícios do álcool em humanos

O verme Caenorhabditis elegans Pequenas quantidades de álcool mais do que dobram o tempo de vida do verme 'Caenorhabditis elegans' (Washington University/AFP)
Pequenas quantidades de álcool etanol dobram o tempo de vida de um tipo de verme frequentemente usado em pesquisas de longevidade. A descoberta foi feita por acaso em um trabalho no laboratório de bioquímica da Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos Estados Unidos.

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ÁLCOOL E SAÚDE
A relação entre consumo de álcool e doenças cardiovasculares em seres humanos pode ser representada por uma 'curva em J', segundo análise estatística: quem bebe pequenas quantidades de álcool por dia (duas doses para homens e uma para mulheres) costuma ter riscos menores de ter um infarto do coração ou um derrame cerebral do que abstêmios; mas quem bebe muito aumenta as chances de ter esses problemas. O "J" significa essa curva em uma representação gráfica. A perna menor da letra representa o risco dos abstêmios. Sua queda na curva da letra representa o risco dos bebedores moderados, e sua ascensão acentuada na perna grande da letra, o risco dos que bebem muito.
Os pesquisadores queriam saber se o colesterol tinha algum benefício na saúde dos vermes Caenorhabditis elegans, que têm um milímetro de comprimento quando adultos e vivem debaixo da terra, alimentando-se de bactérias. O etanol foi usado como solvente para diluir o colesterol dado aos vermes.
O C. elegans tem vida média de 15 dias e consegue passar de 10 a 12 dias sem comer nada. Com o colesterol e sem nada para comer, o tempo de vida dos microrganismos aumentou consideravelmente, chegado até a 40 dias.

"Acabamos descobrindo, porém, que o colesterol não teve nenhum benefício sobre a vida dos vermes. Foi o solvente, mesmo muito diluído, que teve o efeito de aumentar a longevidade", afirmou Steven Clarke, professor de química e bioquímica na UCLA. O etanol estava diluído em uma para mil partes, mas também funcionou ainda mais diluído, com uma para 20 mil partes. "É uma colher de sopa de etanol em uma banheira cheia de água", comparou Clarke.

A bioquímica Paola Castro, que participou da pesquisa, disse que a visão dos vermes em microscópios mostra que o efeito do álcool é muito aparente. "Foi incrível ver como os vermes que tiveram acesso a pequenas doses de etanol pareceram significativamente mais robustos que os companheiros que não receberam álcool", disse ela.

Clarke afirma não saber por que uma porção tão pequena de álcool teve uma reação tão forte na vida dos vermes. "Pode até ser uma explicação trivial, que passou despercebida, mas não acho que seja o caso", disse ele. "Nós sabemos que se a quantidade de álcool for aumentada eles não vivem mais. Pelo contrário, eles morrem", completou.

O próximo passo do trabalho é pesquisar que mecanismos fazem com que o etanol beneficie a saúde desses microrganismos. Como metade dos genes dos vermes têm similaridade com os dos seres humanos, a equipe poderá encontrar ligações entre o benefício de pequenas quantidades de álcool para as duas espécies.

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