Pular para o conteúdo principal

Processo de redução dos juros deve continuar, diz Mantega

Ministro participou de reunião entre a presidente Dilma e empresários.
Governo também vai manter intervenções no câmbio, afirmou Mantega


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira (22) que o “processo de redução dos juros” no país vai continuar e que o governo vai seguir intervindo no câmbio para evitar a valorização excessiva do real frente ao dólar.

“Devemos ter a continuação desse processo de redução dos juros”, disse o ministro, que participou da reunião, no Palácio do Planalto, que a presidente Dilma Rousseff teve com grandes empresários de diversos setores.
A presidente Dilma Rousseff se reuniu nesta quinta-feira (22) no Palácio do Planalto com um grupo de 28 dos maiores empresários e banqueiros do país para um encontro com a finalidade de discutir o investimento da indústria no setor produtivo do país.
O encontro durou pouco mais de três horas e meia - começou às 10h40 e terminou por volta das 14h. Teve ainda a presença dos ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), além do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.
Reunião
Ao lado de Pimentel e Coutinho, Mantega disse que, durante a reunião, empresários e governo trataram de “desafios” que o país enfrenta para continuar crescendo num cenário de crise econômica internacional e aumento da concorrência externa sofrida pelas empresas nacionais.

De acordo com o ministro, os empresários apontaram o câmbio (valorização do real frente a dólar, que tira a competitividade dos produtos brasileiros), alta carga tributária e a infraestrutura deficiente como três dos grandes problemas a serem enfrentados para evitar o processo de desindustrialização do país, já anunciado pelo governo.

Mantega disse que a presidente manteve aos empresários a promessa de aumentar os investimentos públicos no país neste ano, principalmente na área de infraestrutura, mas apontou que o crescimento da economia brasileira vai depender do investimento privado, principalmente em inovação teconológica que dê às empresas ganhos de competitividade.

Ele relatou que, durante a reunião, percebeu que vários setores estão “animados” para fazer ou aumentar os investimentos no Brasil. O ministro disse que empresários citaram no encontro investimentos programados de R$ 5 bilhões a R$ 20 bilhões.

Desoneração e empréstimos
Sobre a carga tributária, considerada alta pelos empresários, Mantega afirmou que o governo vai adotar novas medidas de desoneração para reduzir o custo da mão-de-obra desde que não impliquem em prejuízo aos trabalhadores.

“Temos que reduzir os custos [de produção] sem reduzir salários e sem prejudicar os trabalhadores”, disse o ministro. Segundo ele, a maneira de se fazer isso é desonerar a folha salarial para beneficiar, principalmente, as empresas exportadoras brasileiras.

O ministro também defendeu a aprovação no Senado do projeto de resolução 72, que prevê a unificação da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para produtos importados nas operações interestaduais, e disse que os empresários também foram favoráveis à medida, que pretende acabar com incentivos dados por estados para a importação de produtos e serviços.
"Do jeito que está, é muito prejudicial ao país. Estamos exportando empregos", disse Mantega, sobre os benefícios para importados.
Segundo Mantega, a presidente e os empresários decidiram que reuniões como essa vão acontecer pelo menos mais três vezes neste ano.
Empresários
O presidente do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau e a dona do Magazine Luiza, Luiza Trajano, deixaram a reunião dizendo que Dilma não anunciou medidas práticas de ajuda à indústria. “Saiu que a gente não sabe ainda as medidas que vão ser tomadas, nem quando”, disse Luiza.
Gerdau - que também preside a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, vinculada à Presidência da República – disse que “não houve compromisso disso ou daquilo”, mas que o diálogo “está aberto”.
O empresário Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), classificou a reunião com Dilma como “ótima”. Ele afirmou que a presidente abriu a reunião de uma “forma muito democrática e tranquila” e que todos os convidados tiveram a
chance de falar.
Antes de deixar o Palácio, Skaf defendeu a desoneração da indústria de transformação em entrevista a jornalistas.
‘Vamos esperar que haja desonerações. Não queremos proteção nenhuma,
queremos isonomia. Queremos ter condições semelhantes aos nossos
concorrentes lá fora”, afirmou.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p