China pede que países emergentes tenham mais peso no Banco Mundial
Três candidatos se apresentaram para substituir o presidente atual. Dois deles não são americanos
O americano Robert Zoellick assumiu o Banco Mundial em 20117 (Tim Winborne/Reuters)
A China pediu nesta segunda-feira "que a voz dos países em desenvolvimento" seja levada em conta quando o novo presidente do Banco Mundial (Bird) for escolhido, em um contexto de crescentes pressões para pôr fim ao monopólio americano na cúpula da instituição financeira.Três candidatos se apresentaram para substituir o presidente atual do banco, Robert Zoellick. Dois deles não são americanos, o que significa uma tentativa inédita de acabar com este monopólio.
"A eleição à frente do Banco Mundial, como de outras instituições financeiras internacionais, deve ser feita em função de princípios de igualdade, abertura e transparência", assegurou à imprensa o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Hong Lei.
"Deveríamos prestar atenção à voz dos países em desenvolvimento e garantirmos que estão representados no Banco Mundial e em outras instituições financeiras", afirmou.
O comitê executivo do Bird se encontrará com os três candidatos nas próximas semanas, e elegerá por consenso seu novo presidente no próximo mês.
Os candidatos são o médico e antropólogo americano de origem coreana Jim Yong Kim, presidente do Dartmouth College e patrocinado por Washington; o colombiano José Antonio Ocampo, professor na Universidade de Columbia; e a ministra nigeriana das Finanças, Ngozi Okonjo-Iweala.
Ao ser aplicado um pacto não escrito entre as potências europeias e os Estados Unidos, que data de 1945, os 11 presidentes do Bird foram americanos e todos os diretores-gerentes do Fundo Monetário Internacional (FMI) procediam da Europa.
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