Economia espanhola caiu novamente no primeiro trimestre de 2012
Dados “confirmam o prolongamento da dinâmica de contração” do PIB, diz relatório oficial
Pedestres passam em frente ao anúncio de uma pizzaria no centro de Madrid, Espanha (Paul Hanna/Reuters)
A economia espanhola voltou a encolher no primeiro trimestre do ano e o fechamento de postos se intensificou, indica o Boletim Econômico do Banco da Espanha (banco central do país) correspondente a março.O consumo privado e os indicadores que medem a confiança dos consumidores e dos comerciantes no varejo retrocederam em janeiro e fevereiro a níveis de 2010.
Estes dados “confirmam o prolongamento da dinâmica de contração” do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano, acrescenta o organismo espanhol.
Esta tendência se confirma após o descenso da atividade econômica nos últimos meses de 2011, nos quais o PIB perdeu 0,3% na comparação trimestral.
Entre os indicadores que mostram uma contração econômica, o Banco da Espanha cita a queda de 3,9% em fevereiro das matrículas dos veículos particulares e a diminuição de 4,7% em janeiro das vendas do comércio no varejo.
O relatório destaca a falta de vigor da demanda perante a queda do investimento em bens de capital e o descenso do número de filiados à Seguridade Social no setor da construção.
A isso soma a desaceleração do crescimento das exportações, que foi 5,4% inferior ao aumento ocorrido no quarto trimestre de 2011.
O fechamento de postos de trabalho se intensificou nos primeiros meses do ano, e o número de filiados voltou a diminuir em fevereiro, ao tempo que o aumento do número de desempregados acelerou.
O Banco da Espanha também assinala o desvio do déficit público em 2011 com relação ao objetivo fixado pelo anterior Governo e destaca o novo teto de despesa não financeira fixado para 2012 pelo novo Executivo de Mariano Rajoy, assim como o objetivo de déficit de 5,3% do PIB previsto para este ano.
A Espanha atravessa uma profunda crise econômica que se traduz, sobretudo, em um grande crescimento do desemprego nos últimos quatro anos, que alcançou no final de 2011 o número recorde de 5,2 milhões de pessoas, ou 23% da população ativa.
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