Pular para o conteúdo principal

Mortes por doenças ligadas ao álcool crescem

Segundo o Ministério da Saúde, os óbitos associados à ingestão de bebidas alcoólicas saltaram de 11,7 mil no ano 2000, para 17,3 mil
Bebidas alcoólicas também são responsáveis pos doenças ligadas a transtornos mentais / Stock.xchngBebidas alcoólicas também são responsáveis pos doenças ligadas a transtornos mentaisStock.xchng
O brasileiro está bebendo cada vez mais. Prova disso é que o número de mortes por doenças relacionadas ao consumo de álcool não para de crescer. Segundo levantamento feito pelo Ministério da Saúde, os óbitos associados à ingestão de bebidas alcoólicas saltaram de 11,7 mil no ano 2000, para 17,3 mil em 2010, ou seja, um aumento de 47% em uma década. No ano passado, a bebida foi responsável por 47 mortes diárias no país.

Além das mortes, também cresce a quantidade de pessoas que sofrem com transtornos mentais em decorrência do consumo de álcool. Em 2010, foram 6,8 mil casos, um aumento de 43% em relação a 2000.

No Brasil, cerca de 19 milhões de pessoas são dependentes de álcool, segundo estimativa da Abead (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas). O SUS gasta por ano mais de R$ 1 bilhão em tratamentos e internações. A cada mês, 3,5 mil pessoas são afastadas de seus empregos por causa do consumo de álcool e drogas.

Para a psiquiatra Carla Bicca, da Abead, o aumento da exposição das pessoas ao álcool é a principal causa do crescimento do consumo. “O maior problema é o fácil acesso à bebida. Quando uma atitude parece normal, ninguém a questiona”, critica a especialista da Abead.

O estudo da associação mostra que a maior concentração de mortes - 5,1 mil, no ano passado – está em pessoas entre 40 e 49 anos de idade. Segundo Carla Bicca, as mortes nessa faixa etária estão relacionadas ao fato de os brasileiros começarem a beber cada vez mais cedo.

“Hoje, as pessoas começam a beber por volta dos 13 anos. E os efeitos do uso compulsivo aparecem em no máximo duas décadas depois”.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.