Dilma: crise não é por falta de dinheiro
Durante cerimônia de contratação do PAC 2, Dilma elogia política brasileira e conquistas do Mercosul
A presidenta Dilma Rousseff participa da cerimônia de contratação das obras de saneamento do PAC 2Antonio Cruz/ABr
A presidenta Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira que a crise econômica mundial, que atinge principalmente os países da Europa e os Estados Unidos, não vem da falta de dinheiro, mas da incapacidade de tomar decisões necessárias.
"Eu acredito que [a crise] não deriva, de jeito nenhum, da falta de dinheiro. Todos eles [os países] têm dinheiro. Mas deriva de decisões políticas que nós não vemos serem tomadas em definitivo", acrescentou.
Para Dilma, uma das formas de enfrentamento da crise foi a decisão tomada na última terça-feira, na Cúpula do Mercosul. “Nós tivemos uma grande conquista, aumentando em mais 100 produtos a lista de tarifa especial do bloco. Isso significa que o Brasil pode tributar nos níveis da OMC (Organização Mundial do Comércio) 100 produtos", disse a presidenta.
Ela acredita que a medida poderá combater práticas protecionistas adotadas por outros países. "Essa medida pode impedir os efeitos mais perversos dessa crise, que vêm sendo uma prática sistemática de competição, muito pouco leal, por meio de dumping, do uso da guerra cambial, da desvalorização artificial de moedas, para tomar o nosso mercado ou para tomar qualquer mercado do mundo", avaliou a presidenta, que voltou também a criticar a relação entre governistas e oposicionistas nos Estados Unidos.
Dilma lembrou o episódio de votação do aumento do teto da dívida norte-americana, ocorrido em agosto deste ano, como exemplo de briga entre a oposição e o governo que acabou adiando a decisão necessária. Ela citou esse episódio para dizer aos governadores e prefeitos presentes à cerimônia de assinatura de obras no Palácio do Planalto que no Brasil tem sido diferente.
"Eu acho que o Brasil, nessa questão da relação republicana, está na vanguarda. Nós não vemos aqui práticas como aquelas desenvolvidas em alguns países, inclusive em alguns países que têm a liderança internacional, em que a oposição e a situação não olham o interesse da nação, mas se cria uma briga política sem fim", disse a presidenta que responsabilizou mais a oposição norte-americana pelo episódio. "Eu acredito muito menos no caso dos Estados Unidos, [que o impasse ocorreu] por conta de uma falha dos democratas e mais por uma visão de oposição muito destrutiva dos republicanos", disse Dilma.
Para a presidenta, a relação do governo com os opositores tem um caráter republicano. "Eu acredito muito nessa parceria que nós desenvolvemos no Brasil e que mostra maturidade. Primeiro, ela é uma parceria republicana. Nós aqui não estamos perguntando o partido de ninguém, a posição política de ninguém. Nós estamos interessados, e isso é uma conquista do país, na população dos diferentes municípios e dos diferentes estados, porque seus representantes foram eleitos legitimamente", disse Dilma a dezenas de prefeitos e governadores que participaram da cerimônia de contratação das obras de saneamento do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento 2) em municípios com até 50 mil habitantes.
A contratação prevê a realização de 1.114 obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário em 1.116 municípios com até 50 mil habitantes, de todas as regiões do país. Para a realização dessas ações serão investidos R$ 3,7 bilhões: R$ 2,6 bilhões do Orçamento Geral da União, não onerosos para os municípios, e R$ 1,1 bilhão de financiamento público federal.
Ao todo, o projeto de obras de saneamento básico do PAC 2 investirá R$ 45,1 bilhões no país, de 2011 a 2014, de acordo com o Ministério do Planejamento. Desse montante, serão destinados cerca de R$ 5 bilhões para as obras em municípios com até 50 mil habitantes, sendo R$ 4 bilhões do Orçamento Geral da União e R$ 1 bilhão de financiamento público federal.
Da Agência Brasilnoticias@band.com.br
"Eu acredito que [a crise] não deriva, de jeito nenhum, da falta de dinheiro. Todos eles [os países] têm dinheiro. Mas deriva de decisões políticas que nós não vemos serem tomadas em definitivo", acrescentou.
Para Dilma, uma das formas de enfrentamento da crise foi a decisão tomada na última terça-feira, na Cúpula do Mercosul. “Nós tivemos uma grande conquista, aumentando em mais 100 produtos a lista de tarifa especial do bloco. Isso significa que o Brasil pode tributar nos níveis da OMC (Organização Mundial do Comércio) 100 produtos", disse a presidenta.
Ela acredita que a medida poderá combater práticas protecionistas adotadas por outros países. "Essa medida pode impedir os efeitos mais perversos dessa crise, que vêm sendo uma prática sistemática de competição, muito pouco leal, por meio de dumping, do uso da guerra cambial, da desvalorização artificial de moedas, para tomar o nosso mercado ou para tomar qualquer mercado do mundo", avaliou a presidenta, que voltou também a criticar a relação entre governistas e oposicionistas nos Estados Unidos.
Dilma lembrou o episódio de votação do aumento do teto da dívida norte-americana, ocorrido em agosto deste ano, como exemplo de briga entre a oposição e o governo que acabou adiando a decisão necessária. Ela citou esse episódio para dizer aos governadores e prefeitos presentes à cerimônia de assinatura de obras no Palácio do Planalto que no Brasil tem sido diferente.
"Eu acho que o Brasil, nessa questão da relação republicana, está na vanguarda. Nós não vemos aqui práticas como aquelas desenvolvidas em alguns países, inclusive em alguns países que têm a liderança internacional, em que a oposição e a situação não olham o interesse da nação, mas se cria uma briga política sem fim", disse a presidenta que responsabilizou mais a oposição norte-americana pelo episódio. "Eu acredito muito menos no caso dos Estados Unidos, [que o impasse ocorreu] por conta de uma falha dos democratas e mais por uma visão de oposição muito destrutiva dos republicanos", disse Dilma.
Para a presidenta, a relação do governo com os opositores tem um caráter republicano. "Eu acredito muito nessa parceria que nós desenvolvemos no Brasil e que mostra maturidade. Primeiro, ela é uma parceria republicana. Nós aqui não estamos perguntando o partido de ninguém, a posição política de ninguém. Nós estamos interessados, e isso é uma conquista do país, na população dos diferentes municípios e dos diferentes estados, porque seus representantes foram eleitos legitimamente", disse Dilma a dezenas de prefeitos e governadores que participaram da cerimônia de contratação das obras de saneamento do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento 2) em municípios com até 50 mil habitantes.
A contratação prevê a realização de 1.114 obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário em 1.116 municípios com até 50 mil habitantes, de todas as regiões do país. Para a realização dessas ações serão investidos R$ 3,7 bilhões: R$ 2,6 bilhões do Orçamento Geral da União, não onerosos para os municípios, e R$ 1,1 bilhão de financiamento público federal.
Ao todo, o projeto de obras de saneamento básico do PAC 2 investirá R$ 45,1 bilhões no país, de 2011 a 2014, de acordo com o Ministério do Planejamento. Desse montante, serão destinados cerca de R$ 5 bilhões para as obras em municípios com até 50 mil habitantes, sendo R$ 4 bilhões do Orçamento Geral da União e R$ 1 bilhão de financiamento público federal.
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