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Estrangeiros impõem a Bolsonaro limite que brasileiros ainda não aprenderam a dar

Foto: Reprodução Youtube
A crise internacional em que Jair Bolsonaro (PSL) jogou o país por conta exclusivamente de sua irresponsabilidade, truculência, incompetência e despreparo é um vexame sob todos os aspectos.
Mas deveria lançar também vergonha sobre aqueles que permaneceram brandindo as teses negacionistas do desmatamento mesmo quando os céus de vários Estados e imagens à farta mostravam a Amazônia em chamas.
Ministros como Onix Lorenzoni (Casa Civil), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Teresa Cristina (Agricultura) merecem tanto ou mais reprovação do que o presidente desatinado neste episódio.
Se funcionam como um exército acrítico de bajuladores de um Nero tupiniquim, sem impor-lhe qualquer tipo de constrangimento quando seu erro é evidente, não valem ao país nem o valor que custam ao erário.
Foram todos parados por uma instituição que se mostrou muito mais forte e imponente que o Brasil governado por um projeto de autocrata infantil – a aliança das potências internacionais que não se prestam a assistir impassíveis a suas sandices.
Jair Bolsonaro poderia deixar o mandato que conquistou sob uma confluência de fatores na qual pouco contou sua capacidade política e intelectual sem a pecha de mentiroso com que ontem lhe carimbou internacionalmente, com toda a razão, o presidente da França.
É vergonhoso que o Brasil se veja agora ameçado de boicote e que todos estejam sujeitos às consequências devastadoras de uma aliança internacional que foi obrigada a dar limites às loucuras do governante do país.
Quando o Brasil vai aprender que uma Nação é feita de homens e mulheres que precisam se posicionar claramente e de forma pública para evitar que se aprofundem situações de crise de consequências irreversíveis?
Que não pensem apenas no poder, na influência e eventualmente nos negócios que posições delegadas por governantes possam prover? O país está prostrado sob um processo de ridicularização mundial.
Felizmente, houve protestos e manifestações também em várias partes da Nação. Mas elas deveriam ganhar mais força e enfrentar também a operação desmonte que o presidente executa na Receita, no Coaf e no Ministério Público Federal para proteção doméstica.
Na falta de líderes que apontem o caminho, as ruas precisam começar a dar, de novo, a sua contribuição para melhorar a qualidade da política nacional. O processo de depuração institucional é longo e precisa de todos.
É claro que não se precisa mais de um Lula, nem daqueles que o defendem, mas também não é possível se contentar apenas com isso aí.

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