Pular para o conteúdo principal

Após poupar Aécio, PSDB pode punir deputada que votou contra Previdência

Foto: gência Senado
Após a direção nacional do PSDB ter poupado Aécio Neves (MG), suspeito de corrupção, da abertura de um processo de expulsão, a sigla poderá punir outro congressista tucano: a deputada federal Tereza Nelma (AL), por ter votado contra a reforma da Previdência. O conselho de ética do PSDB analisará a situação dela, que também está sujeita à expulsão, mas provavelmente terá pena mais leve, como a perda de cargos partidários. Nelma contrariou uma determinação do partido ao votar contra a reforma. A executiva nacional havia fechado questão a favor do projeto, ou seja, todos os deputados deveriam votar “sim”. Pela desobediência, conforme previsto no código de ética dos tucanos, ela foi levada ao conselho.
Já Aécio chegou a ser alvo de dois pedidos de expulsão, elaborados pelos diretórios municipal e estadual do PSDB de São Paulo, mas não teve seu caso encaminhado ao conselho de ética para investigação e sugestão de sanção. A executiva nacional, ao se reunir para avaliar a admissibilidade dos pedidos de expulsão de Aécio na última quarta (21), decidiu por 30 votos a 4 que esse caso deveria ser arquivado em vez de levado ao conselho. ​Aécio é investigado em uma série de inquéritos e se tornou réu, em abril de 2018, sob acusação de corrupção passiva e obstrução da Justiça. O deputado ainda não foi julgado.
No caso que envolve Nelma, a defesa da deputada foi apresentada na sexta-feira (23). O ex-deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), relator do caso no conselho, tem agora até dez dias para apresentar seu relatório, que será votado pelos demais membros do colegiado. A decisão final sobre eventual punição será da executiva do PSDB. O presidente do PSDB, Bruno Araújo, ao encaminhar a situação de Nelma ao conselho de ética, recomendou que ela seja destituída de cargos de direção ou representação partidária. A deputada é a 2ª secretária da executiva nacional do partido. Essa é a menor sanção prevista no código de ética para situações de voto contrário ao que determinou a sigla. As punições podem ser perda de cargo partidário, suspensão de recursos para financiamento eleitoral, negativa de legenda para disputar cargos eletivos e expulsão do partido.
Estadão Conteúdo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular