Pular para o conteúdo principal

Trump nega problemas na transição, mas enfrenta atritos

O genro e conselheiro próximo de Trump, Jared Kushner, está no centro das "lutas internas" na equipe de transição, informa a 'CNN'

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, seguiu nesta terça-feira realizando reuniões para formar a equipe que o acompanhar na Casa Branca, com listas de favoritos cada vez mais repletas de polêmica pelos nomes escolhidos. Na torre de Nova York que leva seu nome e que se transformou no quartel-general da transição, Trump se reuniu com uma série de colaboradores diretos e com políticos com os quais até há pouco tempo mantinha uma forte rivalidade.
Por enquanto, Trump só fez duas nomeações de alto nível, no domingo passado. A chefia de gabinete será assumida pelo presidente do Comitê Nacional Republicano, Reince Priebus. Já o chefe de estratégia e conselheiro sênior será Stephen Bannon. A escolha de Bannon, considerado como uma das vozes mais estridentes da direita radical que apoia Trump, foi muito criticada em círculos políticos e na imprensa, que lembram seus comentários racistas e misóginos feitos no site que dirigia Breitbart.com.
Leia também
Michelle Obama é chamada de “macaca de salto alto” na internet
Trump usou medo dos americanos para se eleger, diz Obama
Neta de Trump vira sensação nas redes sociais da China

Briga em família — O genro e conselheiro próximo de Trump, Jared Kushner, está no centro das “lutas internas” na equipe de transição, reporta a CNN. Kushner tem “pressionado aliados de maneira errada” em seus esforços recentes para purgar a equipe de transição de Chris Christie, governador de New Jersy que ficou apenas dois dias no cargo de chefe da transição. O pai de Kushner foi processado pela então advogada Christie em 2004 por evasão de impostos, manipulação de testemunhas e contribuições ilegais de campanhas.
“Supremacista branco” — O líder democrata no Senado, Harry Reid, que acusou Trump de colocar em um posto-chave da futura administração um “campeão dos supremacistas brancos”. “Que mensagem Trump envia a uma moça que acorde temerosa de ser uma mulher negra nos EUA?”, perguntou Reid, se referindo à nomeação de Bannon, que foi elogiado por grupos de extrema-direita do país. “Demostre aos EUA que o racismo, o abuso e a intolerância não tem vez na Casa Branca”, disse Reid, se dirigindo a Trump.
Enquanto isso, seguem aparecendo na imprensa os nomes das pessoas que possivelmente acompanharão Trump quando ele assumir a Presidência dos EUA em janeiro, substituindo o democrata Barack Obama, que deixará o poder após oito anos. Um deles é o ex-prefeito de Nova York, Rudy Giuliani, que pode ser o próximo secretário de Estado ou procurador-geral. O último cargo, porém, parece estar mais longe, segundo o próprio Giuliani disse em um fórum que participou em Washington nesta segunda-feira.
Leia mais
Americanos usam alfinetes para mostrar solidariedade às minorias
Ku Klux Klan marca desfile para comemorar eleição de Trump
Fontes da CNN, no entanto, afirmam que Giuliani terá problemas para assumir a chefia da diplomacia dos EUA pela assessoria que sua empresa deu a uma filial americana da companhia de petróleo da Venezuela, a PDVSA.
Espera-se que nos próximos dias Trump divulgue mais nomes da equipe que o acompanhará. Por enquanto, uma pessoa já rejeitou participar do futuro governo. O pré-candidato presidencial republicano Ben Carson negou qualquer intenção de qualquer acusação oficial na administração do empresário. Outros, por outro lado, como o general reformado Keith Kellogg, que também visitou a Trump Tower, também deixaram claro a disposição de estar na equipe do presidente eleito.
(Com agências EFE e Reuters)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular