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Conheça Melania, a “mulher invisível” do espalhafatoso Donald Trump

A mulher do magnata e pré-candidato republicano à Presidência raramente aparece em público, não fala à imprensa, nem é mencionada por Trump em seus discursos

Se Donald Trump for eleito presidente, sua mulher Melania será a primeira esposa presidencial desde Louisa Adams, casada com o presidente John Quincy Adams, a nascer fora dos Estados Unidos. Assim como Ivana Trump, a primeira mulher do magnata, Melania Trump também é cidadã americana naturalizada, uma imigrante – embora não de um desses países que seu marido sugere estarem “lotando” os Estados Unidos.
Observadores da campanha de Trump vêm notando o papel passivo, quase invisível, desempenhado por Melania, que quase não faz aparições públicas. Para o pesquisador do partido Republicano, Frank Luntz, a razão para isso é que Melania não é o tipo tradicional de esposa. E os “republicanos possuem uma visão tradicional do casamento”, disse ao jornal New York Times. No anúncio oficial de sua candidatura, em junho, não foi Melania quem discursou a seu favor, mas sua filha de 33 anos, Ivanka Trump, que já é considerada a ‘esposa não oficial’ da campanha.
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Durante o debate republicano de setembro, o moderador Jake Tapper convidou os candidatos a se apresentarem. O senador Rand Paul falou prontamente sobre seu casamento de 25 anos com sua esposa, Kelly. Em seguida foi a vez de Ted Cruz, que citou sua mulher Heidi, assim como Marco Rubio exaltou seu casamento de 17 anos. Bem Carson e Carly Fiorina também fizeram referências a seus cônjuges. Quando Donald Trump foi se apresentar, se limitou a dizer: “Sou Donald Trump. Escrevi ‘The Art of the Deal'”, fazendo referência a um de seus livros publicados, sobre negócios. Em uma entrevista ao canal CBS News, na residência de Trump em Nova York, os telespectadores também estranharam a ausência de Melania em sua própria casa.
Para Frank Luntz, a decisão de Trump de usar sua filha em sua campanha, e não sua esposa, é inteligente. “A política não é sua primeira, segunda ou terceira língua”, disse ao New York Times. “Não é o mundo dela. E se não é seu mundo você acaba tropeçando”. Essa decisão de Trump pode ter sido baseada também em seu complexo histórico de casamentos. Sua primeira mulher, Ivana Trump, nascida na antiga Checoslováquia e ex- modelo, foi sua principal companheira, e responsável por diversos escândalos na imprensa americana, durante os anos 80, quando conquistou toda sua riqueza e fama.
O casamento gerou os três filhos de Trump, incontáveis manchetes e fotos de paparazzi e regulares depoimentos de Ivana para a imprensa sobre o incrível desempenho sexual de seu marido. O relacionamento acabou quando a Ivana ouviu a conversa de Trump com sua amante por uma extensão telefônica. O magnata então se divorciou e assumiu um romance com sua amante, Marla Maples. Esse casamento também rendeu muitas manchetes de tabloides e acabou em divórcio em 1999, pouco ante de Trump conhecer a terceira mulher que levaria ao altar.
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Infância simples – Melanija Knavs (que nos EUA virou Melania Knauss) nasceu em Sevnica na ex-Iugoslávia, atualmente Eslovênia, e teve uma infância humilde, sem passar necessidade, mas também ser nunca ter tido muitos privilégios. Ela é filha de um casal de classe média baixa, seu pai era gerente de uma concessionária e sua mãe era costureira – mas também aparece descrita como estilista em algumas publicações. Foi em um concurso de modelos, antes de iniciar seus estudos na Universidade de Ljubljana, que Melania atraiu a atenção de um fotógrafo, que a ajudou a assinar contrato com uma agência em Milão, onde começou sua carreira como modelo.
Apesar de nunca ter alcançado o título de ‘top model’, nos anos antes de conhecer Trump, a moça de mais de 1,80 foi fotografada para revistas e catálogos, e chegou a ser capa das revistas Sports Illustrated e Harper’s Bazaar. Em 2000, posou nua para a edição britânica da revista GQ.
Ela e Trump se casaram em 2005 em uma igreja em Palm Beach. A noiva usou um vestido bordado, de alta costura da grife Christian Dior, cuja confecção exigiu mais de 500 horas, com um custo estimado em 100.000 dólares, ou mais de 380.000 reais. A lista de convidados para o casamento incluía personalidades como Heidi Klum, Shaquille O’Neal e vários políticos republicanos, juntamente com Bill e Hillary Clinton. Em março de 2006, Malaine deu à luz a Barron William Trump.
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Ela então se acomodou em uma vida que, não fossem as aspirações presidenciais de seu marido, se assemelha a de muitas outras mulheres troféu. Anteriormente, seus 51.600 seguidores no Twitter podiam ter acesso a sua vida privada, com postagens sobre seus rituais de beleza, viagens em jatos particulares, fotos de biquíni, entre outras futilidades. Esse canal se fechou quando, em junho, Trump anunciou sua candidatura e comentários raivosos sobre suas propostas em relação aos imigrantes latinos começaram a brotar nas redes sociais. A última postagem na conta foi a foto de uma bandeira americana, em 4 de julho – Dia da Independência dos Estados Unidos.
Foi somente na última semana, em uma matéria publicada na revista americana People, que Melania decidiu falar abertamente. Na entrevista intitulada “At Home With the Trumps”, ou “Em Casa com os Trump”, em português, a potencial primeira-dama afirmou que as obrigações com sua família a tem mantido ocupada. “Meu marido viaja o tempo todo. Barron precisa de alguém, então estou com ele todo o tempo”, afirmou fazendo referência ao filho do casal, de 9 anos. Quando perguntada sobre as controversas opiniões de seu marido, a Sra. Trump respondeu que “ainda não está pronta para entrar na política”. “Você não pode mudar uma pessoa. Deixem-nas serem o que quiserem. Deixem-nas serem quem são”, completou.
(Da redação)

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