Meirelles diz que reformas vão conter efeito Trump no Brasil
O ministro da Fazenda brasileiro afirmo que a aprovação de uma série de reformas orçamentárias preparariam o país para a incerteza econômica com Trump
“O Brasil tem que fazer o ajuste mais rápido possível e estar com a economia suficientemente forte para enfrentar com sucesso as flutuações normais dos ciclos econômicos no cenário internacional, seja por mudanças políticas, como é o caso da última eleição americana, seja por ciclos econômicos, seja por crises, como houve a crise de crédito nos EUA em 2007/2008”, afirmou.
As reformas, que incluem um limite para o crescimento dos gastos federais por 20 anos e a reforma da previdência, também ajudarão a levar a inflação de volta para a meta oficial, disse Meirelles em um evento em Nova York.
“Quanto mais rápido aprovarmos as reformas, mais rapidamente o risco do país pode cair”, disse.
As reformas orçamentárias têm uma alta chance de serem aprovadas pelo Congresso, disse Meirelles. O limite de gastos já passou pela Câmara dos Deputados e a reforma da previdência será apresentada antes do final do ano, segundo afirmou o presidente da República, Michel Temer, na semana passada.
“Antes era uma política de ‘gastar mais’ e agora queremos que os mercados e os investidores privados tenham um papel maior na economia, até para permitir uma melhor alocação de recursos”, disse Meirelles aos participantes de um evento patrocinado pelo Banco Bradescoem Nova Iorque.
A vitória de Trump provocou um choque nos mercados emergentes, com as moedas do México e do Brasil perdendo mais de 10% de seu valor e o preço dos títulos locais despencado.
Antes de qualquer reforma ser aprovada, os prêmios de risco do Brasil aumentarão na sequência da eleição de Trump, mas a volatilidade do mercado complica quaisquer outras previsões, disse Meirelles.
Ele observou que as previsões para o crescimento econômico do próximo ano poderiam ser revisadas para baixo, mas se recusou a dar números. O governo estima atualmente o crescimento de 1,6% em 2017, depois dois anos de forte recessão.
(Com Reuters)
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