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PF busca ‘laranjas’ na sede do PSL em Minas

Foto: Divulgação
A sede do partido é um dos endereços-alvo da operação “Sufrágio Ostentação”.
A Polícia Federal cumpre na manhã desta segunda, 29, sete mandados de busca e apreensão no âmbito das investigações sobre supostas candidaturas laranjas do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, em Minas Gerais. A sede do partido é um dos endereços-alvo da operação “Sufrágio Ostentação”. De acordo com a PF, a Operação tenta esclarecer suspeita de irregularidade na aplicação de recursos referentes a campanhas eleitorais femininas. A sede do PSL em Minas Gerais é um dos alvos dos mandados judiciais expedidos pela 26ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte. Agentes cumprem ainda outro mandado na capital mineira, além de dois em Contagem, um em Coronel Fabriciano, um em Ipatinga e um em Lagoa Santa. Houve também a apreensão de documentos relativos à produção de material gráfico de campanhas eleitorais. O PSL acumula denúncias de mulheres que afirmam terem sido usadas como laranja nas eleições do ano passado. A primeira a confirmar ter sido pressionada a usar recursos de sua campanha para pagamentos de despesas que não as suas foi Cleuzenir Barbosa, de Governador Valadares, Região Leste de Minas, que hoje vive em Portugal. A ex-candidata afirma que não concordou com o esquema e que foi para o exterior por medo de continuar no Brasil. Na semana passada, o material de campanha da candidata a deputada estadual Zuleide Aparecida de Oliveira foi entregue ao Ministério Público Federal e pode ser considerada a principal prova de que o partido não contabilizou gastos nas eleições 2018. Zuleide afirmou ao jornal Folha de São Paulo ter sido chamada pessoalmente pelo atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, para entrar na disputa como laranja. O ministro do Turismo também é investigado por suspeita de ter patrocinado um esquema de candidaturas laranjas durante a eleição de 2018, na qual o PSL teria direcionado verbas de fundo eleitoral para quatro candidatas que acabaram gastando o dinheiro com empresas de pessoas ligadas ao próprio ministro.
Estadão

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