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Ministro da Educação questiona Paulo Freire e promete metas ‘agressivas’


No posto de ministro da Educação desde o início de abril, o economista Abraham Weintraub disse a jornalistas nesta quinta-feira, 25, que irá ao Congresso em maio para apresentar suas metas, que chamou de “agressivas”. No dia 7 de maio, segundo o ministro, a Comissão de Educação do Senado irá recebê-lo e, no dia 15, será a vez do colegiado da Câmara voltado ao tema assistir à exposição do ministro. Abraham falou com a imprensa após reunião com o presidente Jair Bolsonaro realizada no prédio do Ministério da Educação. “A gente está colocando algumas metas agressivas, no dia 7 de maio eu vou ao Senado na comissão de educação, essas metas vão ficar explicitadas, seria até uma descortesia minha antecipar elas. Dia 15 vou fazer a mesma apresentação na comissão de Educação da Câmara”, disse o ministro, que ressaltou que o objetivo do governo é melhorar “tecnicamente” a educação brasileira, com ênfase na pré-escola e na educação básica. “Hoje o Brasil gasta como países ricos e tem resultados como países pobres, é uma falta de respeito com quem paga mais caro o diesel, o pão, o leite, a gente não melhorar com o que a gente já recebe”, afirmou. Sobre o ensino superior, Abraham comentou que é preciso melhorar a “performance” dos alunos para gerar mais empregabilidade e empreendedorismo no Brasil. “Nossos alunos no Brasil não têm o mesmo conhecimento técnico, de sair da faculdade, ter ideias, sacadas e montar pequenos negócios. A gente está trabalhando com uma série de ideias, planos, mas vocês vão ter que esperar um pouquinho”, concluiu. Abraham ainda disse que o Brasil precisa focar no desenvolvimento técnico, e criticou o que chamou de “dogmas” em torno do debate sobre a educação no País. “Por que a gente não pode discutir as coisas aqui? É dogma?”, questionou. Quando perguntado sobre que “coisas” não são debatidas, o ministro apontou para um mural com o rosto do educador Paulo Freire que fica em frente ao Ministério da Educação. “Aquele cara ali, o Paulo Freire, no mural… eu acho que é dogma, a gente não pode discutir, tudo que ele falou é certo?”, questionou. Questionado sobre a situação do Enem – a gráfica contratada para a impressão das provas declarou falência -, o ministro afirmou que “não tem alarme”, e orientou aos alunos que continuem estudando para o exame, “porque a disputa é acirrada”. “O Tribunal de Contas da União (TCU) teve postura muito compreensiva, colaborativa, e hoje acho que o Enem, assim como foi quando eu assumi, não representa uma ameaça. Continuem estudando para o Exame, se preparem, porque a disputa é acirrada”, afirmou. O TCU autorizou o MEC a contratar uma nova empresa para imprimir as provas do Enem deste ano. A decisão permite a contratação de outra companhia melhor posicionada entre as demais participantes da licitação original.
Estadão Conteúdo

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