Pular para o conteúdo principal

Ministro do TCU atua para emplacar mulher no Supremo

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Walton Alencar Rodrigues atua nos bastidores para emplacar a magistrada Isabel Gallotti, com quem é casado, na próxima vaga do Supremo Tribunal Federal (STF). Os movimentos de Rodrigues são discretos, mas já observados por integrantes da Corte. No sábado, ele ofereceu um almoço para comemorar o seu aniversário e convidou o presidente Jair Bolsonaro, que, a partir do ano que vem, terá direito de indicar dois nomes para o Supremo. Foi Rodrigues quem indicou a Bolsonaro, na transição de 2018, o técnico Tarcísio Gomes de Freitas, sob o argumento de que ele faria o governo “dar certo”. Freitas foi nomeado ministro da Infraestrutura, após ter sido diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) na gestão da petista Dilma Rousseff e secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) na administração de Michel Temer (MDB). Na festa de sábado, o presidente passou boa parte do tempo conversando com Octávio Gallotti, pai de Isabel, que é ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Octávio Gallotti presidiu o Supremo de 1993 a 1995. Descontraído, Bolsonaro se serviu de tambaqui vindo do Amazonas e também aproveitou a comemoração para se reaproximar do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Entre as várias autoridades presentes na casa de Rodrigues – que tem prestígio nos três Poderes –, estavam ainda o subprocurador-geral da República Paulo Gonet e Ives Gandra Martins Filho, ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e outro potencial candidato a uma cadeira no Supremo. Na Corte, os ministros Celso de Mello e Marco Aurélio Mello se aposentam, respectivamente, em novembro de 2020 e julho de 2021. Ex-juiz da Lava Jato, o titular da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, também é cotado para assumir uma das vagas. Bolsonaro ainda não tomou uma decisão, mas, a portas fechadas, sempre diz ser agradecido a Rodrigues pela indicação de Freitas, um dos nomes que têm se sobressaído no governo, e de Adalberto Vasconcelos, atual secretário do PPI.
Estadão

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular