Planalto manda demitir diretores do Banco do Nordeste
Líder do PMDB pediu ao presidente interino o afastamento de funcionários indicados pelo PT e pelos irmãos Ciro e Cid Gomes
Ontem, no início da tarde, Eunício se reuniu com Temer no Palácio do Planalto. No encontro, reclamou da quantidade de adversários políticos lotados no Banco do Nordeste e em outros cargos federais no Ceará. Reclamação apresentada, Eunício rumou para o plenário do Senado e convenceu colegas a abrir mão de discursar, a fim de dar celeridade à votação que faria de Dilma Rousseff ré no processo de impeachment. Na madrugada desta quarta-feira, a votação foi concluída, e a presidente afastada, derrotada, por 59 votos a 21. Se o placar se repetir na última fase do processo, a petista perderá o mandato, e Temer assumirá de forma efetiva.
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A demissão dos dois diretores é uma retribuição ao trabalho de Eunício, que já havia indicado o novo presidente do Banco do Nordeste, Marcos Holanda. Segundo o Planalto, se os governistas não tivessem aberto mão de discursar, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, poderia suspender a sessão devido ao adiantado da hora e, com isso, atrasar o cronograma do impeachment. O processo, então, dificilmente seria concluído em agosto. É tudo o que Temer pretende evitar. O interino, como se sabe, quer participar da reunião do G-20, em setembro, na China, sua primeira viagem oficial ao exterior, como presidente com plenos poderes.
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