Pular para o conteúdo principal

Governo Obama nega pagamento de resgate por presos ao Irã

Segundo 'Wall Street Journal', o governo dos EUA teria enviado secretamente 400 milhões de dólares para Teerã soltar americanos

O governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, negou nesta quarta-feira que os 400 milhões de dólares (1,3 bilhão de reais) em dinheiro vivo pagos pelos Estados Unidos ao Irã no mesmo dia da libertação de quatro americanos detidos por Teerã tenham sido o pagamento de um resgate.
Segundo reportagem publicada nesta quarta-feira pelo Wall Street Journal, o governo Obama teria enviado secretamente 400 milhões de dólares como pagamento de resgate por americanos presos no Irã. O jornal afirma que o dinheiro foi levado por um avião de carga, em paletes de madeira empilhadas com cédulas de francos suíços, euros e outras moedas.
Os quatro americanos libertados, incluindo o repórter do jornal Washington Post Jason Rezaian, foram soltos em 16 de janeiro em troca de sete iranianos detidos nos Estados Unidos por violações de sanções. Um quinto americano foi libertado pouco depois. O acordo de troca coincidiu com a suspensão das sanções internacionais contra Teerã.
LEIA MAIS:
Irã anuncia libertação de quatro prisioneiros americanos
Acordo nuclear com Irã deve entrar em vigor neste fim de semana
Os EUA afirmam que resolveram na época uma reivindicação de longa data dos iranianos no Tribunal de Queixas entre o Irã e os EUA em Haia, liberando 400 milhões de dólares em recursos congelados desde 1981, como parte de um acordo de devolução de 1,7 bilhão de dólares aos iranianos. Os recursos eram parte de um fundo usado pelo Irã antes da Revolução Islâmica de 1979 para comprar equipamentos militares dos EUA, que estava bloqueado há décadas e em litígio no tribunal.
“A ligação entre a libertação de presos e o pagamento ao Irã é completamente falsa”, disse John Kirby, porta-voz do Departamento de Estado via Twitter em resposta a artigo do WSJ.
Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca, rebateu de forma acalorada sugestões de que a transferência de dinheiro para o Irã havia sido um resgate ou um segredo. “Os EUA, no comando do presidente Obama, não pagaram resgate para libertar americanos presos injustamente no Irã e não vai pagar resgate”, declarou ele.

Hillary Clinton

O candidato republicano à Presidência dos EUA, Donald Trump, acusou a candidata democrata, Hillary Clinton, de ter liderado os diálogos com os iranianos para a transferência do dinheiro. “Nossa incompetente secretária de Estado, Hillary Clinton, foi quem começou as conversas para dar 400 milhões de dólares, em dinheiro, para o Irã. Escândalo!”, tuitou o magnata nesta quarta-feira.
Em artigo, o jornal Washington Post destacou, porém, que Hillary deixou o cargo no início de 2013, três anos antes da libertação dos americanos. A ex-secretária de Estado iniciou as conversas com o Irã relacionadas ao programa nuclear iraniano, segundo o Post, embora grande parte das negociações tenha sido realizada depois que Hillary deixou o cargo.
(Com Reuters)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.