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MPF denuncia Dudu da Fonte por receber propina da UTC

Deputado federal do PP recebeu R$ 300 mil da empreiteira por causa das obras da Coquepar, da Petrobras

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra o deputado federal Dudu da Fonte pelo recebimento de propina para beneficiar a empreiteira UTC nas obras da Coquepar, que seria construída no Paraná para fazer o processamento de coque da Petrobras. Além do deputado, também foi denunciado o executivo da estatal Djalma Rodrigues de Souza.
Em seu depoimento de delação premiada o presidente da UTC contou que recebeu de Fonte e Souza a proposta do pagamento de propina para que a construtora tivesse preferência nas obras da Coquepar. Pessoa ainda diz que Eduardo da Fonte aplicou um golpe porque, apesar de ter pago 300.000 reais, as obras nunca se efetivram. “A UTC não foi contratada para fazer as obras da Coquepar [porque nunca existiram] e Eduardo da Fonte nunca devolveu a vantagem indevida de 300.000 reais”, contou Pessoa aos investigadores.
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Desse valor, segundo a denúncia, 100.000 foram repassados em espécie a Dudu e 200.000 reais em doações oficiais ao diretório estadual do PP em Pernambuco, para a campanha de 2010 dele ao cargo de deputado federal. Dos 300.000 reais, Dudu da Fonte repassou 150.000 reais a um terceiro indicado por Djalma Rodrigues por meio de doações oficiais a Érico Tavares de Souza, candidato a deputado estadual em Pernambuco pelo PTC e sobrinho de Djalma Rodrigues.
A denúncia oferecida pelo MPF pede a condenação de Eduardo da Fonte e Djalma Rodrigues pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além da perda da função pública ou mandato eletivo dos envolvidos. O Ministério Público Federal também quer a reparação dos danos materiais e morais causados no valor mínimo de 300.000 reais, equivalente ao valor solicitado como propina.
Dudu da Fonte já foi denunciado pelo MPF em junho deste ano por ter intermediado pedido de propina para barrar em 2009 as investigações da CPI da Petrobras. Segundo o Ministério Público, Dudu cometeu o crime de corrupção passiva porque atuou junto ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa para pedir 10 milhões de reais a fim de que o então presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, atuasse para que a comissão de inquérito não produzisse resultado efetivo.

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