Contra Trump, ex-agente da CIA lançará candidatura independente
Evan McMullin é ex-diretor de política do Partido Republicano na Câmara dos Deputados dos EUA e grande crítico da campanha de Donald Trump
“Os Estados Unidos merecem algo melhor que Donald Trump ou Hillary Clinton. Apresento-me humildemente como um líder que pode dar uma opção para milhões de conservadores descontentes”, explicou o novo candidato. Segundo a emissora MSNBC, McMullin, que nunca ocupou um cargo eletivo, lançará oficialmente sua campanha hoje com o apoio de importantes doadores republicanos, que não querem contribuir para a candidatura de Trump.
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McMullin, ex-agente da Agência Central de Inteligência (CIA), é um especialista em defesa e relações exteriores, mas é pouco conhecido entre os eleitores americanos, o que lhe dá poucas possibilidades de se transformar em uma alternativa viável a Trump. Ele já criticava o magnata antes de sua indicação para disputar a presidência dos EUA. Por enquanto, o ex-agente da CIA foi o único a formalizar uma candidatura alternativa à do magnata, após meses de rumores sobre outros nomes.
Trump, que nunca militou no Partido Republicano ou ocupou um cargo eletivo, obteve no mês passado a indicação da legenda na convenção Nacional Republicana em Cleveland, no estado de Ohio, sem a presença de algumas das principais figuras do grupo conservador. Mesmo após a definição da candidatura, os choques entre o magnata e vários representantes da cúpula republicana não terminaram – alguns membros do partido chegaram, inclusive, a afirmar que votariam na candidata democrata, Hillary Clinton, e se concentrariam em apoiar as candidaturas conservadoras nas eleições legislativas.
Plano econômico – Também nessa segunda, Donald Trump anunciou alguns detalhes sobre suas propostas econômicas. Seu plano prevê uma das maiores reduções de impostos das últimas décadas e extensa eliminação de regulações. Trump atacou acordos comerciais e prometeu uma postura mais agressiva em relação à China, caso seja eleito.
O bilionário também atacou a globalização e prometeu o retorno ao passado no qual operários americanos trabalhavam em minas de carvão e usinas de aço. Ainda assim, disse que é o candidato do futuro. “Carros americanos vão andar em nossas estradas, aviões americanos vão ligar nossas cidades, navios americanos vão patrulhar nossos mares e aço americano vai levantar nossos arranha-céus”, afirmou em Detroit.
(Com EFE)
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