Obama diz que Trump é 'terrivelmente despreparado' para ser presidente
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou nesta terça-feira (2)
os republicanos pelo apoio dado ao candidato do partido, o empresário Donald
Trump.
"A questão que eu penso que eles [republicanos] devem se perguntar é, se vocês estão repetidamente tendo que dizer em termos fortes que o que ele [Trump] diz é inaceitável, por que vocês ainda o apoiam?", questionou Obama.
O democrata condenou os ataques
de Trump à família de um militar muçulmano americano morto no Iraque. Os
comentários do bilionário foram condenados
inclusive por figuras do Partido Republicano.
Ele lembrou que nomes importantes entre os republicanos, como o presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, o líder no Senado, Mitch McConnell, e o candidato à Presidência em 2008, John McCain, criticaram Trump pelos seus comentários mas mantiveram seu apoio ao empresário.
'DESPREPARADO'
"A noção de que ele [Trump] atacaria uma família estrela dourada [como são chamadas as famílias que perderam filhos a serviço das Forças Armadas americanas] que fez sacrifícios extraordinários em nome do nosso país, o fato de que ele não aparenta ter o conhecimento básico sobre assuntos críticos na Europa, no Oriente Médio, na Ásia significa que ele é terrivelmente despreparado para fazer este trabalho."
Obama disse que, mesmo que tivesse perdido as disputas contra os republicanos John McCain (2008) e Mitt Romney (2012), ele não teria duvidado da capacidade deles de liderar o país.
Em nota divulgada logo após o discurso de Obama, Trump rebateu afirmando que Hillary Clinton "se provou despreparada para servir em qualquer cargo governamental".
Nesta terça, o deputado republicano pelo Estado de Nova York Richard Hanna anunciou que votará na democrata Hillary Clinton nas eleições de novembro. Ele é o primeiro congressista republicano a apoiar Hillary.
U.S. Republican presidential candidate Donald Trump shot back at President Barack Obama's criticism of him as unfit for office, saying Democratic rival Hillary Clinton has embraced policies that have hurt national security and America's workers.
"Hillary Clinton has proven herself unfit to serve in any government office," Trump said in a statement shortly after Obama issued a scathing attack and challenged Republican leaders to withdraw support for their "woefully unprepared" nominee.
PARCERIA TRANSPACÍFICO
O presidente americano, Barack Obama, aproveitou a visita oficial do primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong, à Casa Branca nesta terça (2) para voltar a defender a Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês).
A TPP vem enfrentando crescente resistência nos Estados Unidos. Ambos os candidatos à Presidência, a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump, se opõem ao acordo comercial.
Obama disse que as pessoas têm medos legítimos a respeito do impacto da
globalização e sobre "serem deixados para trás", mas, para ele, a resposta não
pode ser desistir do comércio e da economia global. Ele afirmou que "levantar a
ponte dobradiça" prejudicaria trabalhadores americanos.
A cidade-Estado de Cingapura é uma das 12 nações que integram a zona de livre-comércio. Durante a visita, Loong pediu ao Congresso americano que ratifique o acordo o mais rápido possível.
Assinada em outubro de 2015 por EUA, Japão e outros dez países, a Parceria Transpacífico é o maior acordo comercial da história, abrangendo 40% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial.
O governo Obama o considera peça central de sua estratégia geopolítica na Ásia, mas os opositores ao acordo apontam perigos para a soberania e afirmam que ele custará empregos nos EUA.
O repúdio à TPP segue a onda protecionista observada em vários países, em meio a um retorno do sentimento contra o livre-comércio e a globalização como não se via desde a virada do século.
Para entrar em vigor, a TPP precisa ser ratificada por países que representam ao menos 85% do PIB total dos signatários. Sem os EUA, que tem 60%, a conta não fecha.
"A questão que eu penso que eles [republicanos] devem se perguntar é, se vocês estão repetidamente tendo que dizer em termos fortes que o que ele [Trump] diz é inaceitável, por que vocês ainda o apoiam?", questionou Obama.
Saul Loeb/AFP | ||
O presidente americano, Barack Obama, durante entrevista nesta terça na Casa Branca |
Ele lembrou que nomes importantes entre os republicanos, como o presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, o líder no Senado, Mitch McConnell, e o candidato à Presidência em 2008, John McCain, criticaram Trump pelos seus comentários mas mantiveram seu apoio ao empresário.
'DESPREPARADO'
"A noção de que ele [Trump] atacaria uma família estrela dourada [como são chamadas as famílias que perderam filhos a serviço das Forças Armadas americanas] que fez sacrifícios extraordinários em nome do nosso país, o fato de que ele não aparenta ter o conhecimento básico sobre assuntos críticos na Europa, no Oriente Médio, na Ásia significa que ele é terrivelmente despreparado para fazer este trabalho."
Obama disse que, mesmo que tivesse perdido as disputas contra os republicanos John McCain (2008) e Mitt Romney (2012), ele não teria duvidado da capacidade deles de liderar o país.
Em nota divulgada logo após o discurso de Obama, Trump rebateu afirmando que Hillary Clinton "se provou despreparada para servir em qualquer cargo governamental".
Nesta terça, o deputado republicano pelo Estado de Nova York Richard Hanna anunciou que votará na democrata Hillary Clinton nas eleições de novembro. Ele é o primeiro congressista republicano a apoiar Hillary.
U.S. Republican presidential candidate Donald Trump shot back at President Barack Obama's criticism of him as unfit for office, saying Democratic rival Hillary Clinton has embraced policies that have hurt national security and America's workers.
"Hillary Clinton has proven herself unfit to serve in any government office," Trump said in a statement shortly after Obama issued a scathing attack and challenged Republican leaders to withdraw support for their "woefully unprepared" nominee.
PARCERIA TRANSPACÍFICO
O presidente americano, Barack Obama, aproveitou a visita oficial do primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong, à Casa Branca nesta terça (2) para voltar a defender a Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês).
A TPP vem enfrentando crescente resistência nos Estados Unidos. Ambos os candidatos à Presidência, a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump, se opõem ao acordo comercial.
Pablo Martinez Monsivais/Associated Press | ||
Barack Obama (à dir.) recebe o primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong, na Casa Branca |
A cidade-Estado de Cingapura é uma das 12 nações que integram a zona de livre-comércio. Durante a visita, Loong pediu ao Congresso americano que ratifique o acordo o mais rápido possível.
Assinada em outubro de 2015 por EUA, Japão e outros dez países, a Parceria Transpacífico é o maior acordo comercial da história, abrangendo 40% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial.
O governo Obama o considera peça central de sua estratégia geopolítica na Ásia, mas os opositores ao acordo apontam perigos para a soberania e afirmam que ele custará empregos nos EUA.
O repúdio à TPP segue a onda protecionista observada em vários países, em meio a um retorno do sentimento contra o livre-comércio e a globalização como não se via desde a virada do século.
Para entrar em vigor, a TPP precisa ser ratificada por países que representam ao menos 85% do PIB total dos signatários. Sem os EUA, que tem 60%, a conta não fecha.
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