INSIDE - No Twitter, o ministro Sergio Moro comemorou a prisão e insinuou que os hackers foram as fontes originais dos vazamentos de seus diálogos no Telegram (Cristiano Mariz/VEJA)
O ex-juiz Sérgio Moro, doublé de ministro da Justiça, está com a faca no pescoço da República. Só ele conhece ou pode conhecer o conteúdo hackeado dos celulares. Cada vez que avisa a alguém que seu celular foi invadido, é como se dissesse: “Fique tranquilo, não deixarei que nada vaze. Mas agora conheço seus segredos”.
É uma vantagem e tanto sobre seus companheiros de governo, inclusive o presidente. É uma vantagem que jamais será tirada nem por seus desafetos mais furiosos e dispostos a enfrentar sacrifícios. Se antes Moro precisou da ajuda de Bolsonaro para manter-se no cargo, agora é Bolsonaro que precisa da sua ajuda.
Doravante, amigos e inimigos comerão pela mão de Moro. A não ser que o material hackeado acabe incinerado por ordem judicial. Moro debilitado dá lugar a Moro com lugar garantido no Supremo Tribunal Federal. Ou, se preferir, na vaga do vice Hamilton Mourão caso Bolsonaro concorra ao segundo mandato.
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